Com informações do Comitê de Apoio ao AND de Belém e Região Metropolitana
Na última quinta (29/03), ocorreu na Universidade Federal do Pará (UFPA) o Seminário intitulado “Lixão de Marituba: O que fazer?” com o propósito de debater e denunciar a questão do lixo a céu aberto chamado de “aterro sanitário” pelo gerenciamento de Zenaldo Coutinho/PSDB de Belém no município de Marituba a 11 km da capital.
Há dois anos o Lixão do Aurá que ficava localizado em Ananindeua foi fechado e o suposto aterro foi transferido para Marituba apenas empurrando com a barriga o descaso com a população cabana. De lá pra cá as denúncias e reivindicações só tem aumentado.
Mais do que um crime ambiental, é uma questão de saúde pública, onde toda a população de Marituba está exposta ao chorume, mal cheiro e poluição do ar, suscetíveis a vários tipos de doenças, o que denuncia a omissão do velho Estado para com a saúde do povo.
Diversas Manifestações promovidas pelos moradores ao longo de 2017, incluindo bloqueios da BR-316, denunciaram a situação de descaso em que o povo se encontra frente a omissão dos gerenciamentos de turno e órgãos públicos como promotores que muito prometem, mas nada fazem.
O Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia de Belém e região Metropolitana esteve presente no evento fazendo brigada de vendas do jornal e distribuindo as edições de março aos presentes.
Em uma fala de saudação ao Seminário e à iniciativa da universidade em promover o debate, um representante do Comitê de Apoio também denunciou o crime cometido contra a população, ressaltando o histórico de luta e resistência do povo paraense e lembrando que foi no Estado do Pará que ocorreu a Guerrilha do Araguaia.
Ao longo da discussão, por diversas vezes foram entoadas palavras de ordem e gritos de protesto como “Fora Zenaldo!” (Prefeito da cidade Belém) , “Fora lixão!” “Fora Raimundo Moraes” (Promotor de Justiça).
Estiveram presentes intelectuais, estudantes, professores, representantes da Associação dos catadores de latinhas, como também e a própria comunidade de Marituba.
Moradores do município, indignados com o descaso frente as reivindicações não atendidas, propuseram a prática da desobediência civil, a qual se faz necessária como instrumento de luta do povo por seus diretos. Comprovando dessa forma, uma vez mais, que a consigna Rebelar-se é justo! penetra nas massas e ganha raízes na luta popular.