No dia 26 de janeiro, o exército sionista de Israel deixou dez mortos e vinte feridos em uma operação terrorista realizada em Jenin, cidade palestina ocupada por Israel no norte da Cisjordânia, e na repressão à manifestação organizada pelos palestinos em resposta ao massacre. A operação ainda alvejou casas, um hospital e veículos dos palestinos. Palestinos realizaram protestos contra a operação, e foram novamente atacados pelas forças de ocupação sionista. A Resistência Nacional Palestina prometeu vingar os mortos com ações contra Israel.
A operação foi iniciada ainda de manhã no território palestino ocupado. Veículos e tropas sionistas invasoras adentraram o campo de refugiados de Jenin supostamente em busca de militantes da Resistência Nacional. A atuação terrorista dos sionistas elevou-se após dois combatentes palestinos tentarem escapar de um prédio cercado pelos israelenses, que alvejaram os militantes com tiros de armas de fogo.
Além dos dois militantes, os israelenses assassinaram outras sete pessoas durante sua invasão – dentre eles Magda Obaid, uma senhora de 61 anos assassinada com um tiro no pescoço dentro de sua casa. Combatentes dos grupos Jihad Islâmica Palestina (JIP) e Hamas revidaram a incursão com suas próprias armas de fogo. Contudo, nenhum militar israelense foi morto.
Como complemento da operação de terror, os militares sionistas arremessaram uma bomba de gás lacrimogêneo dentro da ala pediátrica de um hospital local e destruíram carros dos palestinos ao passarem pelas ruas com seus veículos blindados.
A recente operação terrorista de Israel faz parte da escalada na agressão sionista contra a Palestina em voga desde 2022. O número de palestinos mortos no ano passado foi o mais alto desde 2008: 225 foram mortos em toda a Palestina, sendo 146 deles somente na Cisjordânia. Além disso, ao menos 6 mil palestinos foram presos e 707 foram despejados de suas terras. Em 2023, já foram 30 palestinos mortos antes do ano completar seu primeiro mês.
RESISTÊNCIA NACIONAL NÃO ARREFECERÁ
Frente à ofensiva da agressão sionista, a Resistência Nacional Palesina também cresce. Dois mísseis foram lançados de Gaza até Israel após a incursão de quinta-feira, mas foram interceptados pelo sistema de defesa sionista. Segundo a JIP, os mísseis foram apenas “parte de uma resposta para demonstrar que o sangue palestino não é barato”. A JIP é uma organização da Resistência Nacional Palestina que ganhou destaque pelos ataques realizados contra Israel em 2022, sobretudo o lançamento de mais de 900 mísseis contra o território israelense em resposta à sionista “Operação Amanhecer”.
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Na mesma quinta-feira, massas palestinas realizaram protestos contra a agressão sionista. Multidões tomaram as ruas do centro de Gaza para denunciar a ocupação e dezenas de jovens levantaram uma barricada em chamas próximo à fronteira da cidade com Israel. Uma manifestação em al-Ram, próximo à Jerusalém, foi alvejada por tiros de armas de fogo pela repressão israelense. Youssef Yahya Abdul Karim Muhaisen, um jovem de 22 anos, foi assassinado na ocasião.
“É difícil ficar calado frente a esses crimes, e nós em Gaza estamos convocando a resistência para responder e os protestos a escalar, mesmo que nós paguemos o preço. A ocupação vai continuar sua agressão. Nós devemos ficar em silêncio?”, questionou Uday al Habib, um manifestante de Gaza entrevistado pelo monopólio de imprensa Al Jazeera.
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O secretário-geral da JIP, Ziyad al-Nakhalah, também se pronunciou sobre a chacina realizada por Israel e prometeu que “nós não seremos quebrados e não recuaremos, apesar da dor. E nossas bandeiras continuarão erguidas e nossas armas prontas para lutar e defender o povo Palestino”.
Na mesma linha, o comandante militar do Hamas na Cisjordânia, Saleh al-Arouri, afirmou que “a resposta da resistência não tardará a chegar. Israel vai pagar o preço pelo massacre de Jenin”.
Imagem em destaque: Palestinos carregam corpos de vítimas da operação sionista em Jenin. Foto: Reuters