Durante invasão dos soldados israelenses em Hebron para realizar prisões políticas, jovens palestinos se revoltaram: atiraram pedras contra as forças da ocupação e ergueram barricadas. Foto: Reprodução / Redes Sociais
No dia 9 de julho, as forças da ocupação israelense efetuaram uma série de prisões por toda a Palestina ocupada, capturando 18 pessoas em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Em Hebron, na Cisjordânia, um dos locais atacados, os jovens resistiram à agressão e responderam atirando pedras contra os soldados do sionismo e bloqueando as ruas com barricadas em chamas, feitas a partir de pneus e outros materiais que encontraram à mão.
Os soldados sionistas detiveram três palestinos nos bairros de Isawiyah e Silwan, em Jerusalém Oriental, e mais dois na vila de Beit Anan, localizada fora da área de Jerusalém segundo Israel.
Na Cisjordânia, o Exército israelense deteve três pessoas na cidade de Ramallah, incluindo uma estudante universitária e dois homens que já foram presos pela ocupação anteriormente por ações de resistência. Em Jenin, no norte da Cisjordânia, outros cinco foram capturados, a maioria dos quais também ex-prisioneiro. Um foi levado pelos soldados em Calquília, e mais quatro no distrito de Hebron, no sul da Cisjordânia, dos quais dois eram irmãos.
Buscando conter os jovens palestinos rebelados em Hebron, as forças da ocupação utilizaram gás lacrimogêneo contra transeuntes, após invadirem o bairro de Bab al-Zawiya, fazendo com que dezenas deles se asfixiassem, porém não conseguiram impedir os jovens de continuarem a se manifestar.
De janeiro até junho de 2020, mais de 1.850 palestinos foram presos por Israel, dos quais 266 são crianças e 48, mulheres, de acordo com o Centro de Estudos de Prisioneiros Palestinos (PPCS, sigla original). Hoje, sob a ameaça do colonialismo-sionista de anexar parte da Cisjordânia ocupada, a campanha de perseguição política israelense contra o povo palestino tem se intensificado, à medida que os atos da resistência tendem também a se radicalizar. Atualmente, de acordo com o Addameer, grupo de apoio aos direitos humanos dos presos, existem mais de 4,7 mil presos políticos palestinos encarcerados nas masmorras israelenses no total.
Enquanto os soldados israelenses tentavam ocupar as ruas em Hebron durante seu ataque, jovens ergueram barricadas em chamas. Foto: Reprodução / Redes Sociais