No dia 11 de agosto, quando se iniciava a festividade muçulmana de Eid al-Adha (festa do sacrifício), palestinos foram covardemente atacados pela polícia israelense ao se oporem à entrada de judeus fanáticos no terceiro lugar mais sagrado para o Islã, o complexo de Al-Aqsa, localizada na Jerusalém Oriental, ocupada e colonizada pelo Estado de Israel.
Segundo os palestinos, grupos extremistas formados por colonos judeus tentavam entrar no sítio, o que, a princípio, havia sido proibido por “autoridades” israelenses, mas depois permitido. Ao menos 1,7 mil judeus fanáticos entraram no local, causando indignação nos palestinos e despertando o sentimento patriótico anticolonial.
Os palestinos bloquearam, então, os portões, para impedir a entrada dos colonos. Após isso, a polícia israelense, elevando a agressão, decidiu invadir o complexo. As tropas atiraram contra a multidão com balas de borracha, gás lacrimogêneo e granadas atordoantes, ao que receberam resistência em resposta.
A mídia local noticiou que pelo menos 61 pessoas ficaram feridas, principalmente pessoas idosas, e várias foram presas. Segundo o portal revolucionário estadunidense Incendiary News, quatro policiais ficaram feridos no confronto.
O mesmo portal denuncia que o episódio aconteceu no contexto em que movimentos de extrema-direita e chauvinistas têm crescido muito, inclusive com o apoio político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e com eles, aumentaram também os ataques a mesquitas e templos muçulmanos em Israel. A longo prazo, muitos desses movimentos pretendem destruir sítios como a Mesquita de Al-Aqsa e construir sobre eles templos judaicos.
Foto: MPPM