Palestinos são brutalmente reprimidos enquanto plantam em terras ameaçadas por Israel

Palestinos são brutalmente reprimidos enquanto plantam em terras ameaçadas por Israel


Palestinos do vilarejo de Asir al-Qibliya protestam contra o saque de suas terras por Israel e são brutalmente reprimidos por soldados sionistas. Foto: Tasmin

Nos dias 18 e 25 de setembro, manifestantes palestinos se reuniram no vilarejo de Asir al-Qibliya, ao sul da cidade de Nablus, na Cisjordânia, para arar e plantar oliveiras (árvore símbolo da Palestina) em terras ameaçadas de serem expropriadas pela colonização israelense. O ato simbólico foi violentamente reprimido nas duas semanas seguintes por colonos judeus e por forças da ocupação, ferindo gravemente pelo menos um manifestante no rosto.

Nas imagens divulgadas do protesto, é possível ver que os manifestantes, carregando bandeiras da Palestina, não se acovardaram diante da violência colonial, e responderam à sua capacidade no momento, enfrentando a repressão com pedras. Pelo menos sete palestinos, incluindo um fotojornalista que trabalha para o monopólio de imprensa indiano Anadolu, Nidal Shtayyeh, foram feridos por balas de borracha. 

“O que aconteceu hoje é que, assim que os participantes chegaram às nossas terras ameaçadas de confisco, o exército israelense lançou granadas de atordoamento e gás lacrimogêneo, e ocorreram confrontos entre nós, como podem ver”, narrou Falah Yassin, membro do conselho da aldeia de Asira al-Qibliya, à agência de notícias Ruptly. 

“Quando fomos arar a terra hoje, o exército israelense nos atacou com gás lacrimogêneo, bombas sonoras e balas de borracha”, e os participantes dos proprietários de terras ficaram feridos”, disse Hakima Hassan, palestino que também participou do protesto organizado pela Comissão de Resistência do Muro e dos Assentamentos. Ele completou dizendo ainda: “continuaremos seguindo isso porque este é nosso direito legal”.

Próximo à Asira al-Qibliya foi construído o assentamento colonial israelense de Yitzhar, erguido sobre terras que pertenciam à aldeia palestina e foram saqueadas pelas “autoridades” sionistas. Há diversos relatos de ataques perpetrados pelos colonos judeus contra os habitantes palestinos, que historicamente ocupam a região antes da sua chegada.

O fotojornalista Shtayyeh, que ficou com a perna machucada, relatou que foi tratado por equipes médicas palestinas e narra que é a segunda vez em cinco meses que é ferido pelas forças israelenses enquanto exerce seu trabalho. Em maio, Shtayyeh foi ferido no pé por uma bala de borracha enquanto cobria as manifestações semanais em Kafr Qaddum.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: