O velho Estado paquistanês encarcerou ao menos 14 maquinistas grevistas sob a base da “Lei Antiterrorismo”, nas cidades de Rawalpindi (província de Punjab) e Karanchi (província de Sindh), em 23/07.
A acusação de “terrorismo” fundamenta-se na absurda argumentação de que suspender a operação do comboio equivale a um atentado, nas palavras do porta-voz do Ministro das Ferrovias do Paquistão, Khawaja Saad Rafique.
Os operários são também acusados de exortar outros motoristas a entrar na greve e telefonar para outras estações com o mesmo fim.
“Nenhum maquinista está permitido a paralisar suas atividades”, afirmou o ministro.
Os maquinistas acusados de terroristas somam-se a outras centenas que entraram em greve por melhores condições de trabalho, pagamento de horas extras e reintegração dos funcionários demitidos e presos.
Os operários presos são organizados no grêmio “Loco Running Staff Association”, que convocou a greve. A associação denunciou que os operários são ameaçados para parar a greve.