Comandantes e combatentes do Exército do Povo Paraguaio (EPP) foram julgados e condenados, no dia 24 e 26 de junho, a até 23 anos de prisão. Entre os julgados encontra-se Alcides Oviedo Brítez, considerado o chefe do EPP, Carmen Villalba, porta-voz dos prisioneiros de guerra do EPP, Aldo Meza e os irmãos Víctor e Gregório Morales.
Os irmãos Victor e Gregório Morales, de 51 e 40 anos respectivamente, foram condenados a 12 anos de encarceramento nas masmorras do velho Estado, sob a acusação de “apoio logístico” ao EPP na captura de Edelio Morínigo, soldado das Forças Armadas do velho Estado paraguaio convertido em prisioneiro de guerra.
Os irmãos Victor e Gregório Morales
A defensora pública Marta Villalba salientou que a prova pericial que o Tribunal aprovou para a condenação carece de fundamento legal. Ela também disse que estudará um possível recurso.
Já no dia 24, o Tribunal sentenciou como culpados Alcides Oviedo Brítez, Carmen Villalba e Aldo Meza de “tentativa de homicídio doloso” num evento ocorrido há 16 anos, envolvendo um comissário e dois policiais.
Carmem Villalba já cumpriu sete anos de cárcere sob a acusação de “tomada de reféns” em 2007. Alcides, por sua vez, aguarda o julgamento de seu envolvimento no sequestro de María Edith (esposa de um grande empresário da construção civil), assim como já foi condenado sob a acusação de ter chefiado o sequestro de Arlan Fick (ligações com o latifúndio brasileiro). Com a nova sentença. Alcides Oviedo cumprira mais 23 anos, Carmem mais 17 e Aldo mais 19 anos de prisão.
A advogada Daisy Irala disse ao monopólio de imprensa do Paraguai que o caso tem numerosas violações processuais. Ela ressaltou que, após 14 anos e 6 meses, as pessoas condenadas foram novamente colocadas em julgamento e, por aproximadamente um ano, ficaram sem advogado de defesa.
Na foto, Alcides Oviedo e Carmem Villalba