Partido Comunista das Filipinas homenageia combatentes vermelhos do Novo Exército do Povo

Partido Comunista das Filipinas homenageia combatentes vermelhos do Novo Exército do Povo

Arte produzida em homenagem à combatente do NEP, Kerima Lorena Tariman, ilustrada com seu fuzil em mãos. Foto: Philippine Revolution Web Central.

O Novo Exército do Povo (NEP), dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas (PCF), recentemente anunciou o falecimento de três combatentes, dois em enfrentamento ao exército, no dia 20 de agosto, e um assassinado, no dia 16 de agosto: camarada Ella e camarada Pabling, e camarada Parts Bagani. O comunicado público denunciou a política fascista de Duterte e prestou homenagens aos combatentes caídos.

Ella e Pabling teriam sido mortas num encontro com as forças reacionárias do 79º Batalhão de Infantaria das Forças Armadas Filipinas, de acordo com os reacionários, mas o NEP esclarece que “Ka Ella estava fora de combate quando fora capturada pelos soldados fascistas. Ela poderia ter sido cuidada num hospital próximo e ter garantido todos os seus direitos. Porém, alinhados à consigna fascista de Duterte, ‘mate todos eles’, as tropas reacionárias executaram Ka Ella, em clara violação das Convenções de Genebra”.

O PCF, em nota, declarou que “Ka Ella conquistou a simpatia da massas camponesas da Ilha de Negros e abraçou sua causa. Seu sacrifício, junto de Ka Pabling, inspira e encoraja todos os revolucionários e o povo filipino, particularmente as massas oprimidas e exploradas de negros a quem ela serviu carinhosamente, para empreender a revolução com maior firmeza”.

Ka Ella (camarada Ella, em filipino) era um quadro destacado do Partido Comunista e reconhecida poeta, e dedicou toda a sua vida para lutar junto das massas da Ilha de Negros, tendo se alinhado ao movimento revolucionário desde jovem: se integrou às massas, vivia com os camponeses, e, em alguns momentos, foi encacerada pelo velho Estado. Um de seus livros, Pag-aaral sa Oras: Mga Lumang Tula Tungkol sa Bago (Momento de aprendizagem: Poemas sobre o novo) foi nomeado pelo monopólio de imprensa CNN como “um dos melhores livros escrito por um filipino”. Além de sua poesia prolífica, também era crítica literária e cinematográfica.

Ka Parts Bagani, utilizando roupa militar, segurando seus pincéis e tinta como se fossem uma arma de fogo. Foto: Philippine Revolution Web Central

O PCF também rechaçou profundamente o assassinato de Ka Parts Bagani, artista do povo e, principalmente, combatente vermelho comunista do NEP, como colocado pelos revolucionários.

Em nota, o PCF revela que Parts Bagani fora assassinado pelas forças reacionárias do 5º Batalhão de Forças Especiais no dia 16 de agosto, na Barangay Cannery Polomlok, Cotabato do Sul, condenando a ação fascista. “Quando os fascistas o executaram, Ka Parts Bagani tinha somente seus lápis, pincéis, tinta e papel em suas mãos: as ferramentas que ele usava para criar as obras-de-arte que rasgava as falsas imagens dos reacionários e afiava a consciência do povo”, o PCF escreveu.

O Partido prossegue, descrevendo o histórico do revolucionário: “Ka Parts dedicou sua vida inteira e seu talento artístico ao povo Filipino e sua luta contra o imperialismo, a semifeudalidade e o capitalismo burocrático. Com seu rifle em mãos, no trabalho militar ou de massas, ele criava imagens que refletiam o forte desejo do povo de se libertar do jugo da opressão, da fome e da pobreza, e por libertação nacional e social.”.

Descrevendo sua atitude enquanto combatente, expressam que “Ka Parts fora um combatente exemplar do NEP”, que, apesar de sua origem pequeno-burguesa, “seu coração e mente pertenciam às massas mais profundas”, e que Parts Bagani serviu ao NEP mesmo enquanto ilustrador, “utilizando seu talento para traçar mapas e planos para ofensivas táticas”.

Em síntese, o PCF expressa que “a vontade de vida de Ka Parts viverá eternamente enquanto inspiração para o povo filipino, combatentes vermelhos e artistas revolucionários, que são um só com os operários e camponeses em sua aspiração e luta para remoldar a sociedade e todo o mundo, para varrer a opressão e a exploração da face da terra, e esculpir um novo sistema de progresso e liberdade.”.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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