Partidos Comunistas maoistas emitem declaração em celebração dos 200 anos de Karl Marx

Partidos Comunistas maoistas emitem declaração em celebração dos 200 anos de Karl Marx

Organizações e partidos marxistas-leninistas-maoistas emitiram prolongada declaração exaltando o enorme legado proporcionado à humanidade pelo grande fundador do comunismo, chefe da Revolução Mundial e do proletariado internacional, Karl Marx. A declaração, datada de fevereiro de 2018, foi publicada na íntegra recentemente em português no site serviraopovo.wordpress.com.

Os Partidos Comunistas (a maioria em processo de reconstituição, provenientes do Brasil, Peru, Equador, Chile, Colômbia, México e Alemanha) recordam que foram “Marx e seu querido camarada Friedrich Engels alçaram pela primeira vez a voz de mando: Proletários de todos os países, uni-vos!”, e que o papel desses chefes do proletariado, apesar de escondido pelos oportunistas e reacionários, é indelével.

“Reacionários e revisionistas se empenham em mostrar Marx fragmentado e falsificado como o ‘intelectual de biblioteca’, como o Marx ‘humanista’, o ‘envenenado vingador”, ‘o dogmático’, por não poderem esconder sua todopoderosa e imortal doutrina.”, denunciam.

Prosseguindo, os maoistas afirmam que “alguns revisionistas desenham um Marx trancado em bibliotecas de Londres”. Os comunistas prosseguem, caracterizando que “Marx se consagrou ao trabalho cientifico não por erudição ou fama, mas ao contrário, o fez com o único fim de pôr os fundamentos teóricos da ideologia do proletariado, questão que entendia de vital necessidade para a causa operária, pois assentava as bases ideológicas para sua luta politica e sua organização”. Os Partidos Comunistas destacam ainda que ele tomou essa decisão enfrentando “os mais encarniçados ataques de seus opositores e suportando ingentes sacrifícios na pobreza e na doença”. 

“Porém Marx há apenas um”, destacam os partidos, que prosseguem: “só há o gênio fundador da ideologia do proletariado, o grande dirigente do proletariado que assentou as bases teóricas, ideológicas e políticas da luta de classes, e o guiou em suas primeiras batalhas contra a burguesia e a reação europeias, o reivindicador da necessidade da violência revolucionária e da ditadura do proletariado, o feroz combatente contra as falsas teorias que desviam o proletariado, o revolucionário fervoroso que dedicou a vida inteira à causa do proletariado e que não tinha maior aspiração que a emancipação deste”. Os maoistas afirmam ainda que “aos Partidos e Organizações marxistas-leninistas-maoistas, corresponde limpar o barro que os revisionistas jogaram sobre a figura do grande Marx e devolver às massas proletárias a verdadeira imagem do primeiro grande chefe da classe.”.

Reafirmando o caráter de dirigente proletário revolucionário, os Partidos maoistas afirmam que Marx “traçou a luta dos operários por salário como verdadeiras guerras civis que prepararam a classe para a ‘futura batalha’ e pelo ‘objetivo final'”, que foi Marx quem “defendeu o uso da legalidade nos períodos de ‘estancamento político e domínio da legalidade burguesa’, mas condenou severamente o Partido Social-democrata Alemão por não ter passado à ilegalidade com firmeza depois que a lei de exceção contra os socialistas foi promulgada na Alemanha”, criticando a interpretação revisionista daqueles que utilizam Marx para respaldar seu cretinismo parlamentar.

Segundo os maoistas, seguir o legado de Marx hoje exige-se “armar as massas parte por parte, incorporando-as em meio à guerra popular para a tomada do Poder”.

Fazendo uma exposição sobre o Movimento Comunista Internacional, os partidos afirmaram que “a dispersão no Movimento Comunista Internacional apenas poderá ser superada gestando uma unidade sobre a base dos princípios do marxismo, isto é, sobre uma compreensão unificada do maoismo”. Eles prosseguem afirmando que “longe de levar ao dogmatismo”, essa compreensão unificada do maoismo “proporciona a base ideológica para a aplicação criadora em cada país, forjando pensamentos-guia para reconstituir/constituir partidos comunistas que iniciem e dirijam guerras populares”.

“A nós comunistas corresponde desfraldar, defender e aplicar, principalmente aplicar o maoismo para levar a cabo revoluções de nova democracia e sem interrupção passar à socialista nos países dominados pelo imperialismo – a imensa maioria de países e onde estão a imensa maioria das massas –, revolução socialista nos países capitalistas desenvolvidos e sucessivas revoluções culturais para prevenir-se da restauração, desenvolver o socialismo e assegurar a passagem ao comunismo. E isso só pode ser feito combatendo o imperialismo e a reação implacável e indesligavelmente do combate ao revisionismo velho e o novo, e sua nova expressão que foi sistematizada e estruturada nas linhas oportunistas de direita no Peru – hoje com sua própria organização partidária revisionista, que pretende usurpar o nome do PCP e com seus organismos eleitoreiros de frente como Movadef e Fentep assim como combatendo também as suas outras expressões, como são as de Avakian e Prachanda, etc.”, concluem.

Em nossa edição impressa (AND 206) publicaremos uma adaptação da declaração.

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