PB: Em João Pessoa, boicote à farsa eleitoral atinge 26% do eleitorado

Quase 150 mil pessoas boicotaram a eleição no primeiro turno. A insatisfação com a velha democracia e o atual prefeito é generalizada, tanto que este, o mais bem colocado entre os candidatos, foi referendado por apenas 1/3 dos eleitores.
À esquerda Cícero Lucena, à direita Marcelo Queiroga. Foto: Reprodução

PB: Em João Pessoa, boicote à farsa eleitoral atinge 26% do eleitorado

Quase 150 mil pessoas boicotaram a eleição no primeiro turno. A insatisfação com a velha democracia e o atual prefeito é generalizada, tanto que este, o mais bem colocado entre os candidatos, foi referendado por apenas 1/3 dos eleitores.

No último dia 6 de outubro, se encerrou o primeiro turno da farsa eleitoral em João Pessoa, onde boa parte das massas mostraram sua repulsa pela falsa democracia e seus candidatos, em sua maioria figuras da velha política. Na capital Paraibana, de acordo com dados TSE, foram 109 mil abstenções, 24 mil votos nulos e 15 mil votos brancos, totalizando um boicote de 149 mil pessoas, isso sem contar com aquelas, com idade suficiente para votar, que optaram por não tirar o título.

Vale ressaltar que, na 76ª zona eleitoral, região sul de João Pessoa, e uma das mais populosas e populares da cidade, o boicote venceu o atual prefeito, que obteve 33 mil votos, contra 34 mil abstenções, além de votos brancos e nulos. 

O segundo turno será entre o atual prefeito, Cícero Lucena, assombrado pelas investigações que ligam sua esposa e filha a troca de apoio político, de facções criminosas, por cargos na prefeitura, e o Bolsonarista Marcelo Queiroga, um dos ex-ministros da saúde, durante o genocídio levado a cabo, contra o povo brasileiro, na pandemia de covid-19. Nesse contexto, o boicote às eleições tende a ser ainda maior no segundo turno!

O primeiro colocado entre os dois candidatos mencionados foi o atual prefeito Cícero Lucena, que longe de ter uma grande vitória, conquistou apenas 36% do eleitorado, totalizando 205 mil votos. Ou seja, 64% dos eleitores aptos não votaram nele. Tal quadro é sintomático da insatisfação do povo de João Pessoa com a velha democracia. Cenário que se repete em todo Brasil, com os grandes “vencedores” das eleições sendo referendados, por apenas, pouco mais de 1/3 dos eleitores.

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