O Ministério Público da Paraíba (MP-PB) deu hoje, 28, um prazo máximo de dois dias para a prefeitura de Santa Rita suspender a realização do São João no município, orçado em R$ 10 milhões, que seriam gastos para pagar o cachê de 65 artistas. Tal fato, havia provocado indignação no povo da cidade, que enfrenta sérios problemas sociais, ao ponto, do referido órgão, do velho Estado, ser forçado a agir e declarar que: “Caso a recomendação não seja acatada, o órgão ministerial poderá ajuizar uma ação para assegurar a prioridade da alocação dos recursos públicos na oferta de serviços básicos de educação, saúde e saneamento”.
Bom lembrar que o Comitê do AND em João Pessoa relatou, recentemente, que a prefeitura de Santa Rita escolheu não participar de audiência pública, acerca do problema do acesso à água e ao saneamento básico, que ela havia sido convidada, mesmo com 96% da população do município não tendo acesso à esgoto e 10% não tendo acesso à água, segundo o IBGE.
O caso em tela, prova as prioridades do velho Estado, que quer tirar dinheiro dos serviços públicos essenciais, agravando os problemas que perseguem os moradores da cidade. Tal preferência, por gastos em grandes espetáculos, não é incomum e se aproveita, nesse caso, em específico, do apreço que o nordestino possui pelo São João e sua cultura, para levar adiante a velha prática do pão e circo.
