No último dia 9, terça-feira, moradores do Bairro Jardim Veneza, em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, protestaram por justiça, em razão da morte brutal de dois jovens. Eles atearam fogo em paletes e pneus, entraram com uma faixa e pararam a BR-101, nas duas direções. A manifestação transcorreu normalmente, entretanto, com a chegada da PM, que disparou balas de borracha, segundo os manifestantes, a confusão se iniciou. Como forma de autodefesa, pedras foram arremessadas contra as forças de repressão. Antes desse protesto, outro havia sido feito na Transamazônica (BR-230) cobrando que os jovens, até então desaparecidos, fossem localizados.
Renan e Wendes, foram encontrados decapitados em uma vala rasa, próxima ao Rio do Meio, em Bayeux. A suspeita da Polícia Civil da Paraíba é que eles foram mortos, pois eram de um bairro dominado por uma facção rival da do bairro onde eles foram pegos, pelos seus algozes, onde estavam comprando paletes para revender. Cumpre acrescentar que nenhum dos dois pertencia a nenhuma organização criminosa.
A situação nas favelas de Bayeux é preocupante, há mais de um ano os monopólios de imprensa vem noticiando o aumento do policiamento na cidade, formalmente em nome do combate às ditas facções criminosas, todavia, os resultados são o inverso daqueles que são propagados como buscados: os homicídios em Bayeux cresceram 500%, entre janeiro e maio deste ano, se comparados ao mesmo período do ano passado e quando o povo se revolta com os bárbaros casos de violência encontra a mesma polícia, que, supostamente está ali para aumentar sua segurança, para os reprimir.