O estado da Paraíba enfrenta um grave problema com a paralisação de obras públicas financiadas com recursos federais. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta a existência de 502 obras paralisadas em todo o estado, um número alarmante que impacta diretamente a vida da população paraibana.
A situação é mais crítica na capital, João Pessoa, que concentra 40 obras interrompidas, sendo 14 delas relacionadas ao ensino superior. Inclusive, não é incomum obras paradas nas universidades federais do Estado, seja a UFPB ou a UFCG.
A análise dos dados revela que as principais áreas afetadas são a saúde, com 151 obras paralisadas, a educação, com 138 obras interrompidas e a parte de infraestrutura e mobilidade urbana, com 115 obras paradas. Além desses setores, outras áreas também sofrem com a paralisação de obras, como saneamento (15 obras), turismo (27 obras) e outros segmentos, gerando um impacto negativo em diversas frentes.
A aparente falta de punição para as empresas e o velho Estado, pela interrupção, contribui para a perpetuação desse problema. Enquanto isso, os diversos governos de turno continuam a drenar recursos públicos para encherem os bolsos de empreiteiras e concluírem obras destinadas ao benefício, tão somente, da grande burguesia e do latifúndio, vide o que está ocorrendo com a transposição do São Francisco na Paraíba, onde os camponeses, do Cariri do estado, têm o uso da água limitado, em alguns casos, a volume inferior ao que era antes da transposição e a conclusão das obras parece ter unicamente acarretado especulação de terras e tendência à expropriação camponesa.