PB: População impede criminosa retirada de leitos de hospital em meio a pandemia do Coronavírus

PB: População impede criminosa retirada de leitos de hospital em meio a pandemia do Coronavírus

Foto: Reprodução/ Redes sociais

No dia 24 de março a população de Taperoá, ficou revoltada com a chegada de um caminhão no Hospital Geral do município que pretendia levar parte dos poucos leitos e equipamentos de respiração mecânica para hospitais da capital do estado, João Pessoa. Taperoá localiza-se há 484km da capital paraibana.

Alegando urgência no transporte destes materiais, os representantes do governo da Paraíba queriam levar os equipamentos sem que nem mesmo qualquer notificação oficial tenha sido feita ao município. Tamanho desrespeito com o povo do interior paraibano gerou imensa indignação de populares e políticos locais, que se colocaram à frente do caminhão, que já estava carregado com os materiais, impedindo a retirada aviltante de leitos e equipamentos hospitalares em plena pandemia do coronavírus.

O Hospital Geral de Taperoá atende a cerca de 13 municípios da região do Cariri e Médio Sertão da Paraíba, e é justamente a unidade para a qual as pessoas com suspeita de coronavírus têm a recorrer.

Ao invés de reforçar a estrutura e condições de atendimento dos hospitais do interior, bem como das cidades maiores do estado (como Campina Grande e João Pessoa), o governador João Azevedo está fazendo o contrário: retirando os aparelhos e equipamentos do Cariri paraibano (como fez também recentemente em Monteiro, outro município localizado na mesma região), “desvestindo um santo para vestir o outro”, sem chegar perto de resolver o problema da ampliação real de leitos e melhoria das condições de atendimento à saúde da população paraibana no curso da pandemia da Covid-19.

Cansados de serem pisoteados com a mais brutal exploração e falta de direitos mais básicos como à terra, água, educação e saúde, o povo de Taperoá demonstrou sua revolta e indignação contra mais uma medida do velho Estado que escancara, agora em meio à crise sanitária, seu descaso absoluto para com o povo pobre de nosso país.

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