Nesta quarta-feira, dia 29, os professores da UFPB aprovaram o início da sua greve para o dia 03 de junho, próxima segunda-feira. No total, foram 167 votos favoráveis, 38 contrários e 2 abstenções para deflagração, em 3 campis da Universidade, em Areia, Bananeiras e João Pessoa.
De acordo com o sindicato dos docentes, um dos motivos da greve é que o governo Luís Inácio continua negando qualquer possibilidade de reajuste salarial para os professores, oferecendo aumento de 9% só a partir de 2025 e 3,5% em 2026, o que não cobre as perdas salariais que, de 2016 para cá, já alcançam os 22,71%. O governo Luíz Inácio alega que não há recursos para reajuste este ano.
Convém acrescentar que os servidores técnicos-administrativos da UFPB, IFPB e UFCG já estão em greve há mais tempo, cobrando recomposição salarial de 32,34%, reestruturação de carreiras de técnicos e professores, reajuste dos auxílios e bolsas dos estudantes, concurso imediato para servidores técnicos e professores, entre outras pautas.
Não há dinheiro para quem?
Embora o governo Luiz Inácio diga que não há dinheiro para recompor os salários corroídos dos docentes e servidores, só nos primeiros quatro meses deste ano já se empenhou mais de R$ 14 bilhões em emendas parlamentares para os congressistas reacionários, e pagará, em 2024, cerca de R$ 2,5 trilhões de reais em juros e amortizações da dívida pública, principalmente destinados a bancos e acionistas estrangeiros. Vale destacar que a recomposição salarial dos professores e servidores técnico-administrativos, propostas pelos sindicatos, não chegam nem há 1% desse valor.
Apesar de eleito sob o discurso de “colocar os pobres no orçamento”, a prática do governo Luiz Inácio vem expressando que este tem priorizado interesses da grande burguesia, do latifúndio e do imperialismo. A luta dos servidores tem encontrado, da parte do governo, uma grande resistência em atender às reinvindicações populares que são levantadas.