Ambulantes fazem manifestação contra prefeitura na Grande Recife

Feirantes da cidade de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, bloquearam com pneus em chamas os dois sentidos da Avenida Agamenon Magalhães.
Protesto de feirantes que trabalham nas proximidades do Mercado de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes - FOTO: Severino Soares / TV Jornal

Ambulantes fazem manifestação contra prefeitura na Grande Recife

Feirantes da cidade de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, bloquearam com pneus em chamas os dois sentidos da Avenida Agamenon Magalhães.

Feirantes da cidade de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, bloquearam com pneus em chamas os dois sentidos da Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais vias da área comercial de Cavaleiro. O protesto ocorreu após a prefeitura de Mano Medeiros (PL) ter acionado a polícia para retirar os trabalhadores de seu local de trabalho. A manifestação aconteceu na manhã do dia 26 de fevereiro.

Os trabalhadores carregavam cartazes escritos: “Mano Medeiros, o povo está na rua e a culpa é sua. Não tire o nosso pão!” e “Mano Medeiros, não vamos parar de lutar por nosso local de trabalho”. Eles também entoavam a palavra de ordem O povo unido jamais será vencido!.

Protesto de feirantes que trabalham nas proximidades do Mercado de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes – FOTO: Severino Soares / TV Jornal

Ao Jornal do Comércio, do monopólio Uol, a feirante Ivanise Maria contou sobre como está sendo prejudicada pelo governo municipal: “Fomos tirados e colocados num local que não tem condições de trabalhar. Na última chuva que deu, o lugar onde trabalho alagou. A mercadoria que eu vendia lá fora em um dia, passo três dias lá dentro para trabalhar a mercadoria. Voltamos da pandemia e nos tiram dessa forma, sem negociação, porque não tivemos oportunidade de sentar com o prefeito em nenhum momento”.

Os feirantes trabalham com a venda de frutas e verduras, alimentos perecíveis e uma vez que não há movimento no local onde foram realocados, suas mercadorias estão indo fora.

Feirantes e ambulantes realizam protestos ao longo dos anos

Em 2017, cerca de 100 feirantes do mesmo local, do Mercado de Cavaleiro, bloquearam a Avenida Barreto de Menezes após terem sido deslocados pela prefeitura. Nos anos de 2019 e 2021, outros vendedores ambulantes e feirantes realizaram protestos semelhantes pelos mesmos motivos de expulsão pela polícia de seus locais de trabalho.

Frente a crise econômica que se arrasta por quase uma década no país, o número de brasileiros que precisam recorrer ao trabalho informal é enorme. Vítimas da política de desindustrialização do país aplicada pelas classes dominantes em todos os governos, uma grande massa de trabalhadores – camelôs, feirantes, ambulantes, vendedores de todo tipo de produto – são oprimidos pela violência policial de gerenciamentos de todos os partidos políticos eleitores.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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