Comitê de apoio do jornal a nova democracia, MOCLATE e Casa-ateliê Emanar promoveram, em Petrolina, debate sobre a luta pela terra e o papel de estudantes e professores no apoio a essa causa. O evento aconteceu na tarde do dia 13/10 e contou com a participação de estudantes, professores, artistas e intelectuais pesquisadores da questão agrária. O centro da discussão foi a resistência dos posseiros de barro branco as hordas paramilitares do invasão zero e como essa resistência aponta um caminho para a luta popular no combate a extrema direita e na defesa dos direitos do povo.
O MOCLATE fez contundente fala sobre a relação da luta camponesa com a luta de professores, de como os trabalhadores da educação devem apoiar decididamente a revolução agrária como ponta de lança da luta geral por melhores condições de vida e trabalho. Também pontuou a necessidade de potencializar a luta dos estudantes que promete chacoalhar com toda região do vale do São Francisco que enfrente pesadas ondas de calor, pois que a elevação do protesto popular é a forma mais importante de apoio a revolução agrária.
Em meio a discussão também foi levantado a importância do apoio a luta dos povos indígenas e quilombolas pela demarcação de seus territórios e também titulação das terras. Tratou-se também da luta camponesa em Santa Maria da Boa Vista onde os mesmos parlamentares ligados à investida dos pistoleiros em Barro Branco sofreram também uma contundente derrota, pois após a reintegração de posse, que contou até com helicóptero, os camponeses voltaram para as terras decididos a continuar sua luta.
O ponto alto do debate, sem dúvida, foi a leitura da nota da Liga dos Camponeses Pobres , que animou a todos por sua justeza e combatividade.
O debate encerrou com dois encaminhamentos fundamentais, sendo o primeiro a reorganização do MOCLATE na região para potenciar a luta dos professores e estudantes e o segundo a formação de um comitê de solidariedade à luta camponesa no Vale do São Francisco tendo em alta conta a importância de apoiar a revolução agrária. Ao final foi cantado por todos o hino da revolução agrária e a canção O Risco, dando o tom de combatividade e decisão pela luta.