Camponeses derrotam tentativa criminosa de intimidação do latifúndio aos posseiros de Barro Branco, em Jaqueira

Segundo denúncia de moradores, os cinco pistoleiros perguntaram sobre a localização de moradores específicos, a quem chamaram de bandidos, e ameaçaram prendê-los.
Foto: Reprodução

Camponeses derrotam tentativa criminosa de intimidação do latifúndio aos posseiros de Barro Branco, em Jaqueira

Segundo denúncia de moradores, os cinco pistoleiros perguntaram sobre a localização de moradores específicos, a quem chamaram de bandidos, e ameaçaram prendê-los.

Cinco pistoleiros armados com revólveres, pistolas e escopetas renderam, na manhã do dia 28/12, diversos camponeses de Barro Branco a caminho da feira de Jaqueira. Os pistoleiros, que estavam com os rostos cobertos com balaclavas e dirigiam uma SUV Toyota Hilux preta sem placa, tentaram se passar por Policiais Federais para realizar as inúmeras blitz ilegais, revistas, ameaças e intimidações. O carro usado já havia sido fotografado antes, e tinha a placa KGS6E91 antes de ser removida.

Carro da pistolagem fotografado pelos camponeses. Foto: Reprodução

Segundo denúncia de moradores, os cinco pistoleiros perguntaram sobre a localização de moradores específicos, a quem chamaram de bandidos, e ameaçaram prendê-los. Além disso, rasgaram faixas feitas pelos posseiros, ameaçaram espancar e levar presos os camponeses rendidos e prometeram invadir o Acampamento Menino Jonatas caso houvesse reação a seus ataques. 

Os camponeses em luta, prontos para qualquer tentativa de ataque, fecharam a entrada à sede do Engenho Barro Branco, e permaneceram altivos, gritaram consignas de luta pela terra e soltaram foguetes. Desmoralizados e amedrontados com a reação dos posseiros, os pistoleiros foram obrigados a sair de Barro Branco. Durante as últimas semanas, esse mesmo veículo tem abordado camponeses que se deslocam ao trabalho nas estradas da região. Os pistoleiros mostram as armas, fazem ameaças vazias enquanto perguntam por camponeses que participam da luta pela terra em Jaqueira.

Enquanto as batidas criminosas ocorriam, a Polícia Militar, que está acampada na Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, há mais ou menos 100 metros de onde os pistoleiros foram avistados, nada fez. Muito pelo contrário: segundo denúncia, os policiais estavam escondidos, de calção e sem camisa, dentro da escola. “Se esses vagabundos da PM não fazem nada contra os pistoleiros que ameaçam a gente, o que eles estão fazendo acampados em Barro Branco? Estão vigiando a gente pra dar informação pro Guilherme Maranhão! Estão do lado dos pistoleiros, e nunca do povo”, afirmou um morador.

Os camponeses em luta denunciaram também que os pistoleiros que circulam armados em Barro Branco já são conhecidos “funcionários” da Empresa Agropecuária Mata Sul, que importunam há tempos a população. Dentre eles estão Alison Manoel Silva, do Guerra, Marivaldo do Rampa, o vigia Dedé e Cazuza. O povo não esquecerá dos nomes daqueles que os atacam tão covardemente.

O recente ataque à luta pela terra em Barro Branco não é o primeiro, e definitivamente não será o último. A humilhante derrota do latifúndio no dia 28 de setembro, a criação do Acampamento Menino Jonatas para defender e recuperar as posses dos camponeses, e a Audiência Pública realizada no dia 09 de dezembro escancaram o reacionarismo do latifúndio e alçam uma vez mais a Revolução Agrária na linha de frente do combate à extrema-direita no Brasil, amedrontado pela organização das massas camponesas sob a bandeira da LCP. Sem se intimidarem com a pistolagem ou baixarem a guarda contra esses ataques, os camponeses prometem continuar sua luta até conquistarem todas as terras da Usina!

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