No dia 29 de dezembro, o Coletivo Mangue Vermelho (MV) realizou uma atividade de colagem de cartazes homenageando a companheira Remís Carla. Os cartazes colados na Universidade Federal de Pernambuco — onde a Pedagoga e militante revolucionária estudou e atuou — expressavam “Companheira Remís Carla: Presente na Luta!”. A colagem chamou atenção de estudantes e trabalhadores que observavam os ativistas executando a ação.
Os cartazes foram colocados nos interiores do Centro de Educação (CE), sendo também colados no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e também no Centro de Artes e Comunicação (CAC).
Em seu prosseguimento, o Mangue Vermelho denunciou a burocracia universitária que tentou impedir a realização da ação, justificando que os ativistas não possuíam autorização da direção de um dos centros — o CFCH, especificamente — para a colagem naquele local.
Contudo, com a firmeza e a convicção da justeza da homenagem, os ativistas mantiveram a posição de continuar, e assim, concluir a vitoriosa atividade.
Remís foi militante do Movimento Feminino Popular (MFP) e do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), tendo atuação destacada nas gloriosas Jornadas de Lutas de Junho/Julho de 2013, se forjando com a juventude combatente na linha de frente das manifestações no Recife, enfrentando a repressão deste velho Estado e erguendo bem alto a bandeira da luta combativa.
Em 2016, a militância de Remís se concentra principalmente fora da Universidade, particularmente no apoio à luta camponesa e em defesa da moradia, participando do início da luta dos posseiros da chamada “Zona 6” da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), atuando como dirigente da Associação de Moradores e como apoiadora do escritório da advogada do povo, Drª Maria José do Amaral. Na luta pela terra no campo, Remís apoiou diretamente a construção das Escolas Populares nas áreas da LCP (Liga dos Camponeses Pobres) e também atuou diretamente na resistência camponesa às reintegrações de posse, como se deu em 2016, quando passou mais de quinze dias junto aos camponeses da Área Revolucionária Renato Nathan, em Messias, Alagoas. Há 5 anos Remís Carla foi covardemente assassinada por seu ex-namorado, Paulo César.
Imagem em destaque: Foram coladas dezenas de cartazes na Universidade Federal de Pernambuco. Foto: Banco de dados AND