No dia 09/12, estudantes da Universidade Federal de Pernambuco, campus Recife (UFPE), que participam do Grupo de Estudos Nelson Werneck Sodré, foram interrompidos por um guarda da segurança privada TKS durante uma colagem de cartazes sobre a Revolução Agrária, parte de uma campanha em apoio à luta dos camponeses pobres no Brasil.
O guarda afirmou que era proibido esse tipo de ação na universidade, mesmo sendo um espaço público. Frente à resistência dos estudantes, que permaneceram na execução da atividade, o guarda chamou mais quatro agentes da TKS a fim de intimidá-los. Após a saída dos estudantes do local da colagem, os quatro guardas prontamente arrancaram os seis cartazes que havia no muro.
Vídeo 1: Guarda da TKS interrompe a atividade de colagem do Grupo de Estudos Nelson Werneck Sodré.
A perseguição arbitrária à mobilização estudantil tornou-se parte do cotidiano dos estudantes da UFPE, que constantemente sofrem censura e repressão da burocracia universitária. Os estudantes denunciaram como essas medidas autoritárias escancaram a perseguição política às organizações estudantis classistas.
A reitoria e seus agentes de segurança tentaram interromper as atividades de diferentes coletivos de estudantes em diversas situações ao longo do ano, a exemplo dos relatos do Coletivo Mangue Vermelho (MV), que lida com essa perseguição em várias de suas atividades, e, em novembro, todas as atividades de colagens que seus integrantes realizaram tiveram relatos desse mesmo tipo de situação.
