Ex-vereador de Tupanatinga, Luciano de Souza Cavalcanti (PP), é preso após agredir e atirar diversas vezes contra mulher em motel às margens da BR-242, no dia 6 de março, por volta das 4h da manhã.
O ex-vereador conheceu a vítima e mais duas testemunhas em um bar e as convenceu a ir para um motel. As mulheres afirmaram que no estabelecimento não houve relação sexual, e após a vítima dos disparos pegar o celular para chamar um motorista de aplicativo, o homem começou a agredi-la com diversos tapas. Após saírem do quarto para aguardar o carro, o agressor, segundo as testemunhas, dizia: “Vou matar ela, vou matar ela. Eu sou homem, ninguém me desrespeita não”. O criminoso, que apesar de ainda estar em suas roupas íntimas, guardava uma arma na cintura e atirou aproximadamente 5 vezes contra a mulher, atingindo-a no abdômen.
Os funcionários do motel escutaram os tiros e acionaram a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A vítima foi levada para o Hospital Regional Dom Moura, passou por cirurgia e está internada em recuperação na ala cirúrgica do hospital, sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar. O ex-candidato foi preso em flagrante e a arma foi apreendida. A polícia não informou se o homem tinha ou não porte de arma legalizado.
O advogado de Luciano, Daniel Holanda, afirmou que: “estou contra o deferimento da prisão preventiva, tendo em vista que o acusado possui diversas comorbidades de saúde comprovadas, entre elas a psiquiátrica. Portanto, necessitando de acompanhamento médico e psicológico, e que iria recorrer à decisão.” A defesa disse que não iria se pronunciar sobre as declarações das testemunhas.
Luciano de Souza Cavalcanti foi vereador de Tupanatinga em 2004 e concorreu às eleições em 2024 para o mesmo cargo pelo Partido Progressistas (PP), mas ficou apenas como suplente. O caso é mais um da enorme quantidade de crimes cometidos contra mulheres no estado de Pernambuco, que está no topo da lista de crimes contra mulheres nos estados monitorados, estando atrás apenas de São Paulo. Além de liderar o número de ocorrências, há uma quantidade muito grande de subnotificações ou de denúncias ignoradas.