No dia 13 de março, ocorreu a 5ª Conferência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco. Durante o evento, a sessão foi implodida por um tumulto causado pela desorganização e um clima de confronto político antecipado para 2026. Além da disputa em torno da farsa eleitoral, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) também foi responsável pela grande desorganização geral do evento.
A conferência estava prevista para começar às 9h, com o credenciamento dos participantes do evento, porém, às 10h, ainda havia delegados à procura de realizar a etapa. Esse atraso resultou numa ampliação do prazo para conclusão do processo e numa diminuição geral do tempo das plenárias. Além disso, delegações de diferentes municípios se queixaram de que o evento ofereceu café da manhã e lanche, mas não disponibilizou almoço, fazendo com que alguns passassem fome no local.
Durante o almoço, houve uma pausa de 1h30 e, a partir daí, começou o tumulto em torno do regulamento da Conferência por membros de diversos partidos políticos de oposição ao governo de Raquel Lyra (PSDB). Em meio à confusão, houve destacada polêmica até mesmo em relação à nomenclatura “regulamento”, questionando sua diferença do termo “regimento”.
A partir desse momento, diversos gritos e ameaças foram trocados entre as delegações, com o pano de fundo da disputa eleitoral entre o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e Raquel Lyra, atual governadora de Pernambuco, marcando o enfrentamento nas eleições para disputa do cargo na chefia do estado em 2026.
Ao final da Conferência, devido à implosão causada pela desorganização e pelas disputas políticas, não foram eleitos delegados para a Conferência Nacional de Meio Ambiente e nem foram escolhidas propostas, o que impediu que o evento cumprisse seu papel. Assim, até que uma nova edição da Conferência Estadual ocorra, Pernambuco ficará de fora da Conferência Nacional.
