Um grupo de moradores do residencial Alto Moura, em Caruaru, no agreste de Pernambuco, fecharam na tarde do dia 01/04 a BR-232, para cobrar abastecimento no local. O residencial faz parte do Programa “Minha casa minha vida” e, de acordo com a massa que se manifestava, a falta de água é uma dor de cabeça constante na vida destas pessoas.
Os moradores protestam e afirmam que, agora com a pandemia da Covid-19, eles se sentem abandonados e ameaçados de contraí-la, pois justamente uma das principais recomendações das autoridades sanitárias é a higienização constante das mãos.
Dezenas de moradores foram as ruas e interditaram a via no sentido Caruaru/São Caetano, por quatro horas. Eles queimaram pneus na pista para impedir a passagem de veículos. A responsável pelo abastecimento do residencial é a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), e uma das principais reclamações dos moradores é o descaso que sofrem, pois a conta chega todo mês com valores que variam de R$ 140 a R$ 180. Já a empresa nunca normaliza o abastecimento.
O último protesto feito por eles foi em 2019, após ficarem 26 dias sem água. Na ocasião as massas também se uniram fechando vias e ateando fogo em pneus. O morador Janailson afirmou no dia, em entrevista, que a Compesa não cumpriu o combinado: “Estamos há 26 dias sem água e pagamos R$ 180 reais por mês, o combinado era que depois de seis meses seria cobrado a taxa mínima de R$ 25 e teria cinco dias com água e 15 dias sem”, protestou o rapaz revoltado.
Moradores protestaram contra a falta d’água. Foto: Banco de Dados AND