PE: Moradores do bairro Santo Amaro protestam em defesa do Campo do Barro e ocupam importantes avenidas de Recife

Há mais de 50 anos, o campinho é organizado pelos moradores no intuito de levar lazer e atividades de confraternização para os trabalhadores e jovens da região.
Foto: Reprodução

PE: Moradores do bairro Santo Amaro protestam em defesa do Campo do Barro e ocupam importantes avenidas de Recife

Há mais de 50 anos, o campinho é organizado pelos moradores no intuito de levar lazer e atividades de confraternização para os trabalhadores e jovens da região.

Na segunda-feira 16/12, moradores do bairro de Santo Amaro no Recife realizaram um protesto em defesa do seu espaço de lazer e cultura, o Campo do Barro. A população fechou o cruzamento das avenidas Cruz Cabugá e Norte, chegando até a Agamenon Magalhães, importantes avenidas de Recife (PE), e incendiou pneus. O Campo do Barro sofre com o projeto de construção de um conjunto habitacional, apesar deste ser um local importante para os moradores da região.

De acordo com o pronunciamento dos moradores em nota emitida no Instagram da comunidade: “Existem vários outros prédios públicos abandonados nas redondezas do bairro que podem ser utilizados para a construção do habitacional”, o que causa revolta nos moradores que vêem o Campo do Barro ameaçado. Há mais de 50 anos, o campinho é organizado pelos moradores no intuito de levar lazer e atividades de confraternização para os trabalhadores e jovens da região. O projeto em questão, que planeja ocupar o espaço do campinho, é um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que sem diálogo com a população, tem tomado o espaço dos moradores para construir um conjunto habitacional com apoio da governadora Raquel Lyra/PSDB.

A comunidade avança em sua organização e já é a segunda vez no mês de dezembro que fecha as ruas para terem suas vozes ouvidas. Outra manifestação foi feita no dia 13/12, na qual os moradores também construíram barricadas na avenida Agamenon Magalhães. Já diante desse cenário há meses, uma nota assinada por diversas pessoas da comunidade foi divulgada no Instagram no dia 05/07, em que se convocava uma manifestação e afirmava que “não somos contra a construção de moradias para o nosso povo. Somos contra o fim do nosso Campo do Barro”.

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