O prefeito de Gravatá (PE), Padre Joselito (Avante), foi condenado a pagar multa de R$ 10 mil por ter nomeado duas sobrinhas para cargos comissionados de chefia em secretarias da prefeitura no último mandato. Ex-secretária de Educação, Iranice Lima, é condenada a pagar multa de mesmo valor por nomear sobrinho para cargo e devolver R$ 256 mil por acúmulo de cargos públicos.
Thayse Millena Gomes da Silva, sobrinha do prefeito, exerceu funções na administração municipal entre 1º de maio de 2022 e 1º de março de 2024, inicialmente como diretora e, posteriormente, como assessora especial. Camila Facundes de Souza, também sobrinha de Joselito, ocupou o cargo de gestora de núcleo da prefeitura até ser exonerada em 25 de setembro de 2023.
Pedro Victor da Silva Lima, sobrinho da ex-secretária de Educação Iranice Lima, foi coordenador do Gabinete de Comunicação e Imprensa de Gravatá entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024. Antes disso, ocupou o cargo de assessor técnico de janeiro de 2021 a dezembro de 2022.
Além da condenação por nepotismo, a ex-secretária Iranice Lima foi sentenciada a devolver R$ 256 mil por acumular ilegalmente cargos públicos. Durante o período em que exerceu a função de secretária, ela também recebia salários como professora efetiva da rede municipal de Gravatá e como servidora pública do município vizinho de Chã Grande.
Este é o segundo escândalo de nepotismo envolvendo o prefeito Padre Joselito. Em outubro de 2024, o Ministério Público de Pernambuco determinou a exoneração de Viviane Facundes da Silva, esposa de Joselito, do cargo na Secretaria de Obras e Serviços Públicos. No episódio, a sogra do prefeito agrediu o blogueiro Marivan Melo com uma barra de ferro após ele denunciar o nepotismo na prefeitura.