Gabriel Galípolo
“Não pode dar um cavalo de pau na política econômica”, disse Luiz Inácio. Com o aumento da taxa de juros, empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários e compras de veículos ficam mais caros. É um problema grave para as 73 milhões de pessoas endividadas no País, segundo dados do Serasa de dezembro de 2024.
Inflação foi puxada por alimentos, planos de saúde e gasolina. Latifundiários exportadores de carne, leite e café e donos de empresas de saúde tiveram lucros exorbitantes em 2024. Gasolina segue preços do mercado internacional.
Alta do dólar funciona como tática do mercado financeiro de desvalorizar o real para pressionar o governo de Luiz Inácio a aprofundar a política de austeridade fiscal já aplicada. Luiz Inácio e sua equipe econômica e a turma do Banco Central atuam como bons mordomos do imperialismo.
Inflação foi puxada por alimentos e energia. Energia elétrica está com bandeira vermelha imposta pela Aneel, reflexo de sistema energético desintegrado e precário. A carne subiu 5,81% mas teve exportação recorde em outubro, com mais de 300 mil toneladas vendidas para imperialistas.
Gabriel Galípolo foi indicado ao cargo da presidência do Banco Central por Luiz Inácio em agosto para substituir o então mandatário da política monetária, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL).
A manutenção da taxa de juros em patamares elevados é quase sempre um recurso que os bancos centrais de países coloniais e semicoloniais, como o Brasil, utilizam para atrair capital estrangeiro e aumentar as reservas de dólar – mantendo assim o velho esquema da agiotagem internacional, como era chamado pelo economista democrata Adriano Benayon.