General Tomás Paiva
Houve ausências mesmo por parte da própria equipe governamental. As massas populares foram a ausência mais notável e importante no ato. Os setores mais ativos e conscientes das massas têm combatido as hordas de extrema-direita em outras frentes, como no campo.
Documento quer minar influência bolsonarista nas tropas, mas manter politização sob orientação do Alto Comando do Exército, recheado de generais reacionários e intervencionistas.
Exército reacionário indiciou três dos quatro militares redatores da carta. Investigação não encostou nos outros milhares de assinantes do documento.
Esse episódio é mais uma comprovação da ligação umbilical entre imperialismo – representado, neste caso, na figura de Musk –, as Forças Armadas e o latifúndio, todos unificados na exploração das riquezas naturais e no combate às massas camponesas, indígenas e quilombolas, principalmente no Norte do País. Intento que escancara relações sensíveis e que, inevitavelmente, fracassará.
Múcio reclama dos gastos, mas esconde que o Ministério da Defesa gasta, há anos, mais de 80% do orçamento com gasto de pessoal. A proporção é três vezes maior do que no Exército imperialista do Estados Unidos (EUA).
Ao mesmo tempo, Exército gasta R$ 11,65 por dia com refeições das tropas. Ao mesmo tempo, o governo cortou o número de alimentos na cesta básica.
Será que Tomás Ribeiro Paiva e seus pares “legalistas” considerariam absurda a hipótese de desfechar um golpe militar agora se as massas estivessem em sublevação e se tivesse anuência do Departamento de Estado norte-americano?
A “democracia” está enganchada nas baionetas de generais pouco afeitos às liberdades democráticas, não raro, tidas como empecilho para seu trabalho de ferrolho contrarrevolucionário. Neste sentido, quer seja Luiz Inácio, quer sejam os “democratas” da direita tradicional, todos são incapazes de assegurar os próprios direitos democráticos.