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No último dia 29 de março, correu na imprensa internacional a notícia de que o “governo” de Martín Vizcarra declarou estado de emergência de 15 dias no distrito de Challhuahuacho, na região de Apurimac, onde os habitantes da comunidade de Fuerabamba realizavam um bloqueio que já durava mais de 50 dias num corredor rodoviário que faz ligação com a mina de cobre Las Bambas, pertencente a empresa chinesa MMG.
Com a decisão de Vizcarra, a polícia passa a ter apoio das Forças Armadas reacionárias peruanas e os direitos constitucionais (como liberdade de reunião e inviolabilidade do domicílio) são suspensos.
Os camponeses de Fuerabamba exigem que a mineradora pague indenização pelo uso da via e pela enorme poluição causada em suas terras pela poeira dos caminhões. Os protestos iniciaram em 4 de fevereiro e se agravaram depois que o presidente da comunidade Gregorio Rojas e dois conselheiros foram presos.
Segundo o blog Nuevo Peru, em nota publicada em 29/03, “o governo fascista, genocida e vende-pátria do aprista* Vizcarra, seguindo os ditados do imperialismo ianque, reprime a luta do povo com o emprego das Forças Armadas genocidas como polícia para a ordem interna”. E prossegue:
“Isto significa que estas Forças Armadas [do velho Estado peruano] assumem os ditados do Comando Sul do USA, que, desde o começo deste século, atribuiu o novo papel às forças armadas de suas semicolônias do continente, incorporando-as a nova estrutura de defesa do imperialismo ianque”.
Nota:
*Apristas: como são conhecidos os membros do partido de direita e contrarrevolucionário chamado “Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra)”.