Camponeses protagonizaram violentos protestos em várias regiões do Peru. Os principais e mais combativos protestos foram nos estados de Ayacucho, Huancavelica e Junín. Também houveram protestos em Apurímac, Huánuco, Arequipa e Cusco. Os camponeses – produtores de batatas -, com uma economia arruinada por dívidas bancárias e falta de apoio técnico, têm uma série de reivindicações.
Em Huancavelica, um grupo de camponeses tentaram tomar a represa de Tablacha, que fornece água à hidroelétrica de Mantaro, próximo ao vilarejo de Mantacra, no dia 31/01. Camponeses também bloquearam a rodovia que liga a região ao distrito de Quichuas. Com a chegada das tropas da repressão, os produtores, sobretudo jovens, resistiram. Três policiais e dez camponeses ficaram feridos.
Em Ayacucho, na madrugada do dia 31/01, iniciou-se a rebelião camponesa com o bloqueio da rodovia Ayacucho-Andahuaylas e da rodovia Libertadores, no distrito de Cangallo.
Em Junín, agricultores iniciaram a rebelião com troncos em diversos pontos nas rodovias próximas ao distrito de Huancayo. A via só foi desobstruída às 5 horas da manhã. Camponeses passaram fazendo agitação e propaganda nos distritos, pedindo para os comerciantes apoiarem a revolta. A repressão tentou dispersar o protesto com gás lacrimogêneo, ferindo quatro pessoas, dentre elas crianças.
No distrito de El Tambo, no mesmo estado, a revolta também resultou em ações contundentes. Manifestantes tentaram invadir a sede da Direção Regional de Agricultura.