Petroleiros realizam Greve Nacional Unificada de 24 horas

Foto: Banco de Dados do AND.

Petroleiros realizam Greve Nacional Unificada de 24 horas

Milhares de petroleiros de bases administrativas e operacionais do Brasil inteiro se mobilizaram para paralisar suas atividades na última quarta-feira (26/3). O protesto tinha como objetivo dar um recado à diretoria da estatal que tem realizado diversos ataques à categoria, como as mudanças no regime do teletrabalho, a redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a falta de negociação do Plano de Cargos e Carreiras (PCCS), além da necessidade da recomposição da força de trabalho e a urgência do fim dos acidentes, mortes e adoecimentos no Sistema Petrobras, como também da escala 6×1 que atinge terceirizados.

A gestão da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tem mostrado a quem serve com os últimos ataques à categoria trabalhadora dos petroleiros. Enquanto os trabalhadores sofrem com as decisões unilaterais da empresa, como a redução em 30% na PLR sob a desculpa de queda nos resultados operacionais, os acionistas receberão sob forma de dividendos aproximadamente o dobro, R$ 75,8 bilhões, do lucro que a empresa atingiu em 2024, R$ 36,6 bilhões. A mudança no regime do teletrabalho, que atinge as áreas administrativas, foi realizada também de maneira unilateral, conforme já noticiado em AND.

Em São Paulo, aproximadamente 80% do efetivo cruzou os braços aderindo ao movimento, como na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e Unidade Termoelétrica Euzébio Rocha (UTE-EZR) em Cubatão, o Terminal Aquaviário de São Sebastião em São Sebastião, o Terminal de Alemoa e o EDISA em Santos, a Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) em Caraguatatuba, além de unidades offshore.

Foto: Sindipetro LP.

No norte do Estado do Rio de Janeiro, o escritório de Imbetiba, o Parque de Tubos e outras bases administrativas paralisaram seus trabalhos, além dos trabalhadores offshore associados que também protestaram em suas plataformas.

Foto: Sindipetro NF.

No Rio de Janeiro, houve paralisação na Refinaria de Duque de Caxias (REDUC), nas bases administrativas da cidade como no Edifício Horta Barboza (EDIHB), Edifício Senado (EDISEN), além de corte na emissão de Permissões para Trabalho nas Plataformas de Petróleo vinculadas ao sindicato local. No EDISEN, houve a manifestação de centenas de trabalhadores que reafirmaram a consigna de “Nenhum passo atrás”.

Foto: Sindipetro NF.
Foto: Banco de Dados do AND.
Foto: Banco de Dados do AND

Em outros estados do Brasil, como Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Sergipe e Alagoas, os trabalhadores também paralisaram seus trabalhos na Greve Nacional de 24 horas deste dia 26 de março.

A grande adesão ao movimento demonstra a força dos trabalhadores da Petrobras que, unindo o administrativo e o operacional, se impõem contra o fatiamento de seus direitos conquistados através de muita luta na história da empresa. As mobilizações irão continuar e o Estado de Greve ainda se mantém em toda a categoria petroleira.

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