Contra o reajuste pífio de apenas 2,95%, os trabalhadores em educação do Estado do Piauí decidiram dar continuidade a greve que já persiste desde o dia 6 de junho.
De acordo com os professores, a lei aprovou 2,95% de reajuste para os trabalhadores da Educação, indo de encontro ao cumprimento do acordo judicial com a primeira lei aprovada que é de 6,81% para os trabalhadores do magistério e de 3,15 (referente a 2017) e 3,95% (referente a 2018) para o setor administrativo. A mesa diretora da casa tinha apresentado de última hora uma resolução alegando que a legislação eleitoral proíbe a concessão de reajustes salariais que excedam a inflação nos seis meses que antecederem o pleito, a base do governo na assembleia, a portas fechadas, referenda a ação do executivo estadual contra os trabalhadores.
“O aumento não ocorreu, fizemos uma assembleia já estamos há 13 dias em greve e sem previsão de retorno”, afirma a secretaria do sindicato Edimar Nascimento. Revoltados com tal situação, os professores se reuniram em frente ao Palácio de Karnak na manhã do dia 25 de março para voltar a protestar e garantir seu direito de reajuste.
Os professores que protestavam chegaram a ser recebidos com violência pela polícia militar, em um protesto anterior realizado na manhã de 21 de junho em frente à Assembleia Legislativa do Piauí. Na ação truculenta determinada pelo presidente da casa, Themístocles Filho/PMDB, os trabalhadores foram covardemente agredidos, entre eles a professora Patrícia Andrade, que teve fratura no fêmur e precisou ser submetida a cirurgia.
A categoria voltará para se manifestar em frente ao Palácio de Karnak no dia 28 de junho, e entrará com um processo na justiça contra o Estado.