Moradores protestam contra falta de energia fechando avenida em Teresina, no Piauí. Foto: Lucas Dias/GP1
No dia 3 de novembro, moradores do Parque Mão Santa, no Bairro Vale Quem Tem, zona leste de Teresina, capital do Piauí, decidiram fechar a avenida Prefeito Hugo Bastos, após ficarem cerca de 24 horas sem energia elétrica, depois que uma forte chuva atingiu a região. O protesto teve início por volta das 20h, logo após a energia ter voltado, e acabou cerca de uma hora depois.
Os manifestantes fizeram barricadas com pedaços de madeira e pneus e em seguida atearam fogo impedindo o trânsito na avenida.
A maioria dos moradores relataram que tiveram prejuízos, perdendo eletrodomésticos e produtos que estavam armazenados e precisavam de refrigeração. As chuvas causaram estragos e alagamentos em diversas ruas e avenidas da capital, a água atingiu quase 50 centímetros de altura dentro das casas e destruiu móveis e eletrodomésticos também em bairros da Zona Leste e Sul.
A Equatorial, empresa privada que administra a Companhia Energética do Piauí (antiga Cepisa/Eletrobras-PI) é reconhecida em outros estados, como o Pará, como campeã em reclamações por parte dos consumidores.
A empresa demitiu mais de 1.400 funcionários, desde que assumiu a distribuição de energia elétrica no estado, em 2018. Com isso o quadro de mão de obra ficou defasado com a empresa colocando o lucro acima de tudo e oferecendo um serviço de péssima qualidade, como denunciado pelos moradores que cada vez mais, aumentam a quantidade de protestos.
Após pagamento de conta consumidor processa Equatorial por multa indevida
Em um caso recente ocorrido na zona norte de Teresina e divulgado pelo site 180, um consumidor relatou que se sentiu lesado pela empresa, pois após ter pago conta e ter a luz religada, recebeu uma multa de quase 300 reais.
O trabalhador relatou ao site que teve a luz cortada após ter tido dificuldade de pagar o talão no prazo, ele contou que mesmo enfrentando dificuldade pagou o débito e solicitou que a Equatorial fizesse a religação da energia, pois precisava para trabalhar.
Na época funcionários da empresa foram até a casa do trabalhador religaram a energia, mas para a surpresa dele no mês seguinte recebeu uma multa de quase 300 reais por ligação a revelia. O homem ficou sem entender, pois sua conta que custava em média esse mesmo valor, saltou para R$ 653,97. “Eu estava com a energia cortada, paguei, e pedi para ligarem. Eles vieram aqui, ligaram e foram embora. Se eu tivesse ligado à revelia eu ia pedir para eles vir ligar? E se já estava ligada, por que eles cobraram uma taxa de religação de R$ 32,60? E agora basta eles dizerem que liguei à revelia, botarem a multa no meu talão e eu sou obrigado a pagar? Cadê a prova? Porque não me avisaram?”, afirmou .
Mesmo após entrar em contato com a Equatorial, o trabalhador não teve o problema resolvido, então decidiu entrar com processo judicial.