Bolsonaro, o fraco e o general e ministro da saúde, Eduardo Pazuello, o carniceiro. Foto: Ueslei Marcelino.
O governo federal, chefiado por Bolsonaro sob a tutela dos generais, cortou 72% das verbas que seriam destinadas para o financiamento de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para tratamento de Covid-19.
Dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), mostram que em dezembro de 2020 o governo repassava verba para a manutenção de 12.003 leitos, em março de 2021 a verba está servindo somente para manter 3.372 leitos. A redução se dá em um momento em que dois mil brasileiros estão morrendo por dia em decorrência do coronavírus.
Alguns estados tiveram cortes totais de verbas para leitos, são eles: Maranhão, Rondônia, Acre e Goiás. Em outros estados, como São Paulo, por exemplo, as reduções foram de 81%, casos parecidos com Amazonas, Minas Gerais, Paraná, entre outros.
Um dos fatores para esse descaso foi a não votação do projeto de lei do orçamento para 2021. Os parlamentares, bem como o governo, deixaram a questão de lado, pois estavam compenetrados em eleger os presidentes da câmara e do senado. O caso explicita a negligência, alinhada a politicagem e ao total desinteresse do governo e de parlamentares para com a vida do povo.
O Brasil está registrando mais de mil mortes por dia há 18 dias consecutivos, nos últimos dias esse número ultrapassou dois mil mortes diárias e o país já se tornou o país com mais mortes em um dia pela doença, esse pico se junta a questão das reduções de leitos no início do ano, fato que com toda a certeza agravou a situação dos óbitos.