Reproduzimos abaixo nota da Liga Operária em repúdio ao covarde ataque da PM de Fernando Pimentel/PT contra professores da rede municipal de ensino de Minas Gerais em greve no dia 23 de abril.
PM de Pimentel (PT) ataca covardemente os trabalhadores da rede municipal a serviço de Kalil (PHS)
A Liga Operária repudia veementemente a covarde ação da polícia militar de Minas Gerais do gerente Fernando Pimentel (PT), que atacou com toda a brutalidade – própria de uma guarda pretoriana os professores, funcionários e crianças das UMEI’s, para dar guarida ao gerente municipal Alexandre Kalil (PHS). Os trabalhadores da Educação Infantil de Belo Horizonte, tentavam conversar com Kalil e se depararam com um forte aparato repressivo desse velho Estado burguês/latifundiário: a tropa do Batalhão de Choque da PM, Força Tático e um “Brucutu” (mais conhecido como caveirão) com jatos d’água, balas de borracha, sprays de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e toda selvageria.
A polícia executou prisões de lideranças sindicais, como a professora Conceição Oliveira e o professor Wanderson Rocha – diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede-BH). A professora Conceição foi jogada ao chão e colocada dentro de um camburão, ela já é aposentada e sofre de fortes dores de coluna. Já Wanderson foi jogado no camburão com brutalidade. Depois de ter sido arrastado até a viatura, perdeu os sapatos e os óculos. Outros dois manifestantes também foram detidos.
Esse absurdo foi tamanho, que até mesmo o gerente Alexandre Kalil (PHS) desceu do gabinete, para tentar fazer demagogia, alegando ao comando da polícia militar que não atendeu os trabalhadores das UMEI’s por que não estava marcado na agenda. Isso é um verdadeiro absurdo, só havia todo aquele aparato montado para “proteger” a sede da prefeitura, por que foi requisitado e essa requisição parte do gabinete do gerente municipal. A PM de Pimentel (PT) não poderia ter agido sem uma ordem expressa, principalmente por ter na manifestação crianças e idosos em um ato pacífico.
O comando da Polícia Militar de Minas Gerais alega que estava desobstruir as vias da Av. Afonso Pena e que os manifestantes se recusaram, mas segundo o Sind-Rede a via já estava sendo desocupada, por volta das 12hs e 30min. Já o gerente Kalil acusa de manobras políticas o ataque para tentativa de desestabiliza-lo, porém o mesmo Kalil afirmou, no período da greve dos trabalhadores em educação estadual, que não ia admitir fechamento de vias em Belo Horizonte. Tudo isso aconteceu, por que os trabalhadores das UMEI’s estão em luta por seus justos direitos e pela tão prometida equiparação da carreira:
– Hoje os professores do ensino fundamental (não tem equiparação) a educação infantil vai até o nível 15, enquanto que a carreira dos professores do ensino fundamental vai até o nível 24 e essa reinvindicação é mais uma das muitas promessas de campanha do gerente Alexandre Kalil (PHS).
Além do mais os professores das UMEI’s – Unidades Municipais de Ensino Infantil ganham cerca atualmente R$1.450 e os do ensino fundamental, R$ 2.100 – de acordo com o Sind-Rede há 131 UMEI’s em Belo Horizonte e 31 escolas municipais de educação infantil e cerca de 30 escolas de ensino fundamental que têm turmas de educação infantil. Dessas, 59 unidades estão totalmente paradas e 103 de forma parcial.
Nesse sentido a Liga Operária vem a público denunciar mais essa covarde ação da tropa repressiva desse velho Estado a PM do gerente Pimentel (PT) a serviço do gerente Kalil (PHS) e exige a imediata soltura dos sindicalistas e professores Wanderson e Conceição e dos dois manifestantes!
Abaixo o massacre contra o povo em luta!
Fora Kalil, Pimentel, Temer e toda corriola eleitoreira!
Viva a justa luta dos Trabalhadores da Rede Municipal de Ensino!
Vídeo produzido pelo coletivo ‘jornalistas livres’ denuncia a agressão