Na última semana, a imprensa brasileira divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) apontando que, em 2018, a metade mais pobre da população – quase 104 milhões de pessoas – vivia com míseros R$ 413 por mês. A pesquisa foi iniciada em 2012 e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do outro lado, o 1% mais rico – apenas 2,1 milhões de pessoas – tinha renda média de R$ 16.297 por pessoa. Assim sendo, essa pequena parcela ganhava 34 vezes mais que a metade da população.
Os dados do Pnad Contínua apontam ainda que 10,4 milhões de pessoas (5% da população) sobrevivem com miseráveis R$ 51 mensais, e, se considerados os 30% mais pobres – 60,4 milhões de pessoas – a renda média per capita subia a apenas R$ 269.
A pesquisa releva também que a renda domiciliar dos 5% mais pobres caiu 3,8% de 2017 para 2018; e a renda da parcela mais rica (1%) cresceu 8,2%.
Todas estas informações, anunciadas pela imprensa como “recorde de desigualdade”, são a prova concreta de que a miséria não acabou no Brasil, como o governo do PT alardeava, e a situação tende a piorar no atual cenário de inúmeros cortes de direitos dos mais pobres por parte do governo de Bolsonaro e dos generais, como a “reforma” da Previdência etc.
Foto: Sergio Lima