Poema: “A Forja”, de Maria de Jesus Ribeiro

Poema: “A Forja”, de Maria de Jesus Ribeiro

I

A Forja leva tempo

Apesar da luta ser tipo panela de pressão

a ideologia burguesa é algo de duro

congelado ou engessado

Há que dissolvê-la.

II

incansáveis lutadores

são os que marcham esse caminho

e rompem os obstáculos

como na ponte Luding

incansáveis são os lutadores

que não medem o tempo

ou gotas de suor ou sangue

para cumprir o planejado

incansáveis são aqueles

que se satisfazem com pouco pão

e aguentam grandes penúrias

na longa trilha tempestuosa

da guerra

III

O queixume e o murmúrio de indisciplina

sabe-se

nunca melhorou a vida de ninguém

e o “desperdício” da alvorada despreocupada da juventude

Não dói nem arranca pedaço

se for para dissipar o agoniante anoitecer das massas

Vemos

ao contrário dos burgueses e reacionários

parasitas

grande valor

no trabalho árduo diário

Não há nada aqui de meio-morto, colegas

há que se avançar um pouco mais

há que se queixar um pouco menos

há que se ver a vida como nova

há que se ver além de si

E se dedicar!

“Vamos entre os Trabalhadores, os Camponeses e os Soldados! Nos mergulhemos na luta ardente!”, cartaz da Grande Revolução Cultural Proletária. Foto: Reprodução.

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