Osso em cima de osso
faz-se o homem e a mulher.
Mas, aqui,
os ossos não definem
nem força,
nem quilometragem.
Define isso o som uníssono
das botas no chão
e os músculos enrijecidos
que sustentam armas,
que agarramos fortes
e ágeis.
O horizonte,
infinito,
continuará sendo,
mesmo depois de nós.
Assim como as massas o é
para sempre.
E, nessa vastidão sem fim,
mar armado de massas,
a marca singela
da qual mais me orgulho
e guardo com carinho,
é a da sola
que meus pés sempre doloridos e felizes
traçaram por essas matas.
Estou certa:
A marcha mais curta
será a da minha própria história,
enquanto a longa
será das massas.
Tomando rapidamente a Ponte Luding, pintura de Lei Tan. Foto: Banco de Dados AND