Poema: “Meu tempo: Tempo de classe”, de André Moreno

Poema: “Meu tempo: Tempo de classe”, de André Moreno

Não

Eu não abandono minha classe

E nela estou eternamente

Enquanto durar

Minha vida

E dela não abrirei mão

Por um punhado

De honrarias ilusórias

sejam quais forem

Meu sangue é minha classe

Meu sonho é minha classe

A ela entrego meu existir

Sem pestanejar assim hei de honrá-la

Pelos tantos que foram e que virão

Pois somente ela é eterna

O passado: ensinamentos

A história: processos

O presente: Guerrear

Minha classe: educadora

O horizonte: Progresso!

O futuro a todos os meus irmãos

é o fim dos nossos corpos

Mas a matéria social

A conjuntura relativa

Os desejos e aspirações

Sempre estarão em movimento!

E neste movimentar

Mesmo que eu não esteja mais aqui

É o que me faz perseverar

No desejo de destruir

tudo que há

aqui e agora

pra já!

É preciso compreender:

Nenhum sofrimento é perpétuo

Nenhuma dor é eterna

Podem ter certeza, companheiros

Nossa classe triunfará!

As Greves de Junho de 1936 (1936), pintura de Boris Taslitzky. Foto: Banco de Dados AND

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