Poema: “Ñan”

Poema: “Ñan”

Ato I.

400 anos de opressão.

Cena I.

Os conquistadores desembarcam de outro mundo.

Fim da era e de todas as eras. Escravidão, pragas,

mortes. Resistência, fracassos. Mais resistência.

Mais fracassos.

Cena II.

Independência dos oligarcas. Britânicos,

Americanos. Guerras, humilhações. Plantations,

minas, pobreza, fome. O caminho foi delineado.

Uma força emerge da tirania e da miséria.

 

Ato II.

As paredes começam a tombar e um novo alvorecer

desabrocha

Cena I.

O caminho foi definido. Uma nova era abre. Novo

Homem, novas faces. Flores, luz, chumbo. Sangue.

Risadas. Sonhos.

Cena II.

O caminho sofre um desvio. A escuridão

retorna. O covarde trai. O indeciso

renuncia. O herói luta. O caminho

continua.

 

Poema escrito por um apoiador de AND no estrangeiro. Ñan significa “caminho” em quechua.

 

“Céus e terras reluzem o vermelho” (1964), pintura de Fu Baoshi baseada no poema “Para Guo Moruo”, de Mao Tsetung . Foto: Reprodução.

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