Policiais matam 30 camponeses na Índia, segundo imprensa do país

Imagem em destaque: forças de repressão no local do ataque em Bijapur. Fonte: ANI.

Policiais matam 30 camponeses na Índia, segundo imprensa do país

Policiais do velho Estado indiano assassinaram 30 camponeses nos distritos de Bijapur e Kanker, ambos na região de Chhattisgarh, segundo informações veiculadas na imprensa do país e no portal Arauto Vermelho essa semana. 

As mortes ocorrem dentro do cenário da infame “Operação Kagaar” – uma megaoperação policial que tem como objetivo desapropriar, roubar e matar o campesinato indiano e conjurar a Revolução em curso no país, sob direção do Partido Comunista da Índia (Maoista). 

O velho Estado indiano alega que os mortos eram “guerrilheiros maoístas” emboscados por mais de 1 mil soldados reacionários. Em Kanker, as forças do velho Estado indiano teriam emboscado quatro “guerrilheiros” com 700 pessoas e aberto fogo contra elas. Os atos de covardia foram comemorados pelo velho Estado e seus representantes. 

Contudo, o Estado e as polícias da Índia são conhecidos pelo emprego dos chamados “falsos encontros”, em que policiais executam camponeses a sangue frio e forjam a cena de um combate para justificar o assassinato como um confronto entre os guerrilheiros e as tropas reacionárias.

No ano passado, um caso de falso encontro em que 29 pessoas foram assassinadas pelos policiais da Índia desatou uma potente campanha internacional de condenação à repressão na Índia. O Estado indiano alega ter matado 219 maoístas em Chhattisgarh no ano passado e 113 neste ano, mas organizações como a Campanha Contra a Repressão Estatal e o Fórum contra a Corporativização e Militarização defendem que grande parte desses números são camponeses que foram executados.

Também é comum que as forças de repressão indianas escondam o seu número real de baixas como forma de ocultar as vitórias dos guerrilheiros.  o que faz com que informações de mortes por conflitos internos sejam esporádicas, o que torna as informações da imprensa popular e democrática indiana mais confiáveis. Por tal motivo, as informações aqui divulgadas são incertas. A equipe de AND seguirá atenta ao caso para novas atualizações.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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