Polícias de Lula e Jerônimo Rodrigues deixam mais 6 mortos em Salvador 

Seis pessoas foram mortas no dia 22 de setembro na região de Águas Claras, em Salvador, e em Feira de Santana, na Bahia, durante uma megaoperação policial empreendida nas favelas das cidades pelo governo estadual do petista Jerônimo Rodrigues apoiado pelo governo federal.
Somente em setembro, 32 pessoas foram assassinadas em operações policiais na BA. Foto: Divulgação/SSP - BA

Polícias de Lula e Jerônimo Rodrigues deixam mais 6 mortos em Salvador 

Seis pessoas foram mortas no dia 22 de setembro na região de Águas Claras, em Salvador, e em Feira de Santana, na Bahia, durante uma megaoperação policial empreendida nas favelas das cidades pelo governo estadual do petista Jerônimo Rodrigues apoiado pelo governo federal.

Seis pessoas foram mortas no dia 22 de setembro na região de Águas Claras, em Salvador, e em Feira de Santana, na Bahia, durante uma megaoperação policial empreendida nas favelas das cidades pelo governo estadual do petista Jerônimo Rodrigues apoiado pelo governo federal. Após o episódio, subiu para 32 o número de pessoas assassinadas durante operações policiais na Bahia durante o mês de setembro. 

A operação foi executada pelas Polícia Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, em um esforço conjunto dos governos estadual e federal. A justificativa para a operação é a “guerra às drogas”, mas apesar das seis pessoas assassinadas a polícia apresentou uma quantidade diminuta de materiais apreendidos: drogas em quantidade não divulgada, R$ 8 mil e uma arma. É o resultado de sempre conquistado pelas operações de guerra contra o povo favelado disfarçadas de “guerra às drogas”, que acumulam baixas apreensões ao atingirem unicamente o varejo dos narcóticos.

Por outro lado, os efeitos sobre as massas foram expressivos. Ao todo, cinco escolas foram fechadas e 1.796 alunos ficaram sem aulas por conta da operação. Outras escolas que abriram registraram um número muito reduzido de alunos presentes. Além disso, o transporte rodoviário foi prejudicado. 

Governo manterá guerra contra o povo

O novo episódio de guerra sucede em apenas uma semana a megaoperação policial que ocorreu no dia 15 de setembro na capital baiana, nas favelas de Palestina, Periperi e Cajazeiros XI, e que ceifou a vida de nove pessoas. Assim como na recente operação, a matança do dia 15/09 também fechou escolas, postos de saúde, prejudicou os transportes e levou terror às massas residentes das favelas atingidas. Há registros de trabalhadores que abandonaram suas casas por conta das operações.

Como consequência, têm crescido as mobilizações de rechaço popular contra as operações policiais, sinal evidente de que a guerra reacionária falha em atingir seu propósito central: instaurar nas favelas uma ordem de terror que previna mobilizações e levantes populares por melhores condições de vida e direitos democráticos. No dia 12/09, moradores do bairro Narandiba protestaram contra o assassinato do trabalhador Jhonatas Bispo pela Polícia Militar. Seis dias antes, um protesto em Porto Seguro, extremo sul da Bahia, bloqueou rodovias com pneus em chamas após sete assassinatos durante uma operação policial. 

Mas o governo insiste em aumentar o ritmo das operações. No dia 15/09, o governador Jerônimo Rodrigues afirmou que ele, o presidente Lula e o ministro da Justiça Flávio Dino “não dariam trégua”. Dino cumpriu à risca a promessa e ordenou de imediato o envio de blindados e agentes da Polícia Federal à Bahia. Os veículos de guerra chegaram ao estado na manhã deste dia 22/09. 

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