Macapá: Agentes de Endemias cobram salários
Na manhã do dia 9 de outubro, cerca de 50 trabalhadores realizaram um ato em frente a Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá, na capital Macapá, contra os 4 meses de salários atrasados. Os agentes de endemias denunciam que estão cansados das promessas do velho Estado, que fica apenas empurrando os trabalhadores de uma secretaria para outra. Cerca de 260 trabalhadores de todo o Amapá estão passando necessidades financeiras.
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A trabalhadora Natasha Nobre denuncia que é um direito receber seu salário. Ela relata que pediu ajuda aos amigos quando seus filhos estavam doentes. “Olha, nós fazemos um apelo. Tenho duas crianças pequenas em casa, meus filhos adoeceram e eu não tinha condições de ajudá-los, fiquei dependendo dos outros. Isso não é justo. Por seis meses eu saí de casa deixando meus filhos e eu só quero receber pelo que trabalhei”, disse.
Santana: Trabalhadores e estudantes cobram melhorias em escola
Diversos estudantes e trabalhadores realizaram um ato, no dia 10 de outubro, em frente a Escola Municipal Amazonas, localizada no centro do município de Santana, também no Amapá. Com diversos cartazes e palavras de ordem, eles denunciaram as promessas que não foram cumpridas pelos órgãos do Velho Estado. Além disso, exigiram a reforma da escola e a regularização na merenda escolar. O cenário de precarização vem acontecendo há vários anos.
A trabalhadora da educação Juvenilda Silva denuncia que o ambiente da escola prejudica muito o aprendizado dos alunos, além disso tem se tornado cada vez mais frequente a falta de merenda escolar. Os trabalhadores também sofrem com a falta de estrutura da escola o descaso atinge todos. “A comunidade está aqui para reivindicar, manifestar seu repúdio com relação aos gestores municipais, pois a educação tem que ser prioridade. Como aprender em um ambiente inadequado, onde as crianças não têm merenda e condições de se concentrar por conta do extremo calor? Além dos alunos, nós professores sofremos e precisamos de um ambiente agradável que possibilite a aprendizagem. A falta de atenção com a nossa educação já passou dos limites. Exigimos o cumprimento das garantias básicas de uma educação de qualidade”.
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Enquanto a trabalhadora Rosângela dos Santos denuncia que os alunos não aguentam o calor, além de outros problemas. “O segundo semestre demorou para iniciar com a greve dos professores, e agora meu filho está sem assistir aula porque não tem quem aguente o calor”, aponta.
A trabalhadora Ayla Silva diz que a escola não é reformada, apenas “maquiada”. “Esse descaso, além de prejudicar o aprendizado dos jovens, coloca em risco a vida das crianças e exigimos o direito a educação de qualidade”, prossegue: “A escola tem mais de 40 anos, nunca teve uma reforma, apenas fazem uma maquiagem. A escola não tem condições de atender as crianças e coloca em risco a vida de todos. Precisamos de uma educação melhor e por isso estamos aqui, atrás dos direitos dos nossos filhos”.