Porto Rico: 4 mil pessoas protestam contra falta de energia

Porto Rico: 4 mil pessoas protestam contra falta de energia

Milhares de porto-riquenhos protestaram na capital, San Juan, contra a falta de energia no país e os constantes apagões no dia 15 de outubro. As contas de luz do país que ainda hoje é considerado ainda um território estadunidense aumentaram cerca de 14%. Enquanto isso, a empresa responsável, a imperialista LUMA não resolve os problemas da energia no país.

Desde junho deste ano o monopólio canadense-ianque assumiu a transmissão e distribuição de energia na ilha em detrimento da Autoridade de Energia Elétrica de Porto Rico (endividada aos bilhões). Foi dito à população porto-riquenha que a troca para uma empresa privada os favoreceria, mas a situação piorou.

Os grandes apagões começaram a acontecer imediatamente quando a empresa assumiu, apesar de ter alegado estar preparada até para enfrentar um furacão de categoria 2 (e nenhum desastre natural ocorreu desde então).

Entretanto, com o passe livre do Estado burocrático semifeudal, desde o início estava posto no contrato com a LUMA que o monopólio não seria penalizado caso não promovesse baixas nos preços das contas de luz. Ou seja, livre para cobrar preços exorbitantes.

A rede elétrica de Porto Rico tornou-se ainda mais instável depois que o Furacão Maria atingiu a ilha em setembro de 2017 e, desde então, nenhuma empresa ou instituição realizou os reparos de maneira efetiva.

Os porto-riquenhos relatam ao monopólio de imprensa porto-riquenho que os problemas de falta energia afetam-lhe profundamente  Diversas ações essenciais e de rotina são inviabilizadas: não é possível trabalhar, realizar aulas online ou refrigerar alimentos ou remédios (como a insulina), ou mesmo tratar de doenças respiratórias que se tornaram comuns durante a pandemia da Covid-19, que necessitam de respiradores. Além disso, os eletrodomésticos estragam com facilidade ou têm sua validade encurtada. As atividades do comércio são praticamente impossibilitadas.

Para piorar, a ilha tem um dos preços mais caros de energia em todo o Estados Unidos (USA), enquanto a população estadunidense não enfrenta problemas como esse no resto do território. Tais questões da infraestrutura nacional totalmente ausente de qualquer soberania nacional são sintomáticos da condição de colônia ianque.

Porto-riquenhos marcham contra falta de energia. Foto: @AlexFigueroaC

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