Em Portugal, imigrantes unem-se aos bombeiros para combater incêndios florestais e urbanos que vitimaram dezenas de pessoas nos últimos quatro dias.
Desde o dia 14 de setembro, Portugal vem enfrentando uma onda de incêndios que já deixou dezenas de mortos e feridos e resultou na destruição de milhares de hectares de zonas florestais, alastrando-se agora para as regiões urbanas. Existem, até o momento, mais de 50 focos de incêndio ativos, dos quais os mais graves encontram-se na região de Aveiro e aos arredores do município de Albergaria-a-Velha.
Segundo a Revista Exame, o Governo Português mobilizou 1000 oficiais, entre bombeiros e bombeiros voluntários, para combater a calamidade. A quantidade de oficiais, entretanto, não é suficiente para extinguir os incêndios – principalmente na região oeste, no distrito de Aveiro – o que tem levado a população local a se organizar para também fazer recuarem as chamas que se alastram sobre o país.
Dentre as massas mais engajadas no combate aos incêndios, encontram-se as comunidades imigratórias, principalmente de indianos e paquistaneses que, concentrados nas periferias, se veem imensamente mais afetados pela calamidade vigente. As comunidades de imigrantes, mesmo sob o constante ataque da extrema- direita (que, capitaneada pelo Chega, encontra terreno fértil nas crises econômicas e sociais para disseminar seus ideais fascistas), prosseguem demonstrando solidariedade às massas afligidas em todo o país pelos desastres dos últimos dias, que já somam mais de 60 feridos e 10 vítimas fatais.