Massas populares em luta na Sérvia estão acusando o governo reacionário do País de usar uma arma sônica de nível militar para dispersar os protestos que há meses têm tomado as ruas do País, segundo informações publicadas essa semana no jornal monopolista português Público.
As armas sônicas, de uso proibido, emitem um feixe direcionado para incapacitar as pessoas com fortes dores no ouvido, desorientação e mesmo pânico. A exposição prolongada ao ruído pode provocar rupturas do tímpano e danos auditivos irreversíveis, segundo o Público. Os manifestantes afirmam que as armas foram amplamente usadas contra um potente protesto de mais de 100 mil pessoas realizado em Belgrado no dia 15 de março.
Os protestos estão ocorrendo há meses e condenam a corrupção no país. Eles foram desencadeados depois que o prédio da estação de Novi Sad, a segunda maior cidade da Sérvia, desabou em 1° de novembro de 2024, logo após uma obra do governo no edifício, e matou 15 pessoas.
As manifestações cresceram semana após semana até chegar ao novo recorde de mais de 100 mil pessoas. A última manifestação reuniu estudantes, grupos de motociclistas e camponeses, que pilotaram tratores desde o interior até a capital.
Vídeos da manifestação registraram o momento em que estudantes estavam em meio ao protesto quando, de repente, um som agudo desencadeou um pânico geral.
O governo do país nega ter usado esse tipo de arma contra o protesto, mas é difícil acreditar nas alegações frente às evidências filmadas e às acusações em massa do povo.