Faixa exibida por ativistas durante brigada de apoio à LCP realizada em Curitiba. Foto: Banco de Dados AND
Ativistas do Comitê de Apoio – Curitiba (PR) realizaram uma vitoriosa brigada de propaganda em apoio à Liga dos Camponeses Pobres (LCP) no dia 3 de dezembro. O ato foi realizado no terminal Guadalupe, ponto de grande concentração de trabalhadores da capital do Paraná e região metropolitana.
Os participantes estenderam uma faixa de grande extensão com a consigna Viva a heroica resistência dos camponeses das áreas Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira! E realizaram uma intervenção denunciando o cerco policial e as diversas violações de direitos fundamentais praticadas pelo velho Estado contra as famílias camponesas desde setembro de 2020.
Um panfleto foi entregue para os trabalhadores, que além de denunciar os ataques aos acampamentos, apontava essa violência como um problema histórico desde a formação do país, que só pode ser resolvido através da Revolução Agrária, com a tomada e entrega de terra aos camponeses sem terra ou com pouca terra. Esse processo revolucionário de conquista da Nova Democracia, traz consigo profundas transformações na política, na economia e na cultura de nosso país.
O Comitê de Apoio foi recebido com grande entusiasmo pela população que adquiriu exemplares do jornal. Algumas das massas presentes auxiliaram os ativistas a empunhar a faixa.
Imagens dos camponeses Gedeon e Rafael e da resistência dos camponeses nas áreas Tiago dos Santos, Ademar Ferreira e 2 Amigos localizadas em Rondônia. Foto: Banco de Dados AND
REUNIÃO DE DISCUSSÃO POLÍTICA
No dia 27 de novembro, uma reunião foi organizada no pátio da reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), para discutir a situação agrária brasileira. Foi realizada a leitura da nota ”Viva a resistência camponesa nas áreas Tiago dos Santos, Ademar Ferreira e 2 Amigos!”, publicada pelo jornal Resistência Camponesa, seguida de uma discussão de aprofundamento do tema.
O espaço contou com imagens de camponeses assassinados pelo velho Estado brasileiro e latifundiários. Dentre eles estavam as figuras de Gedeon Duque e Rafael Tedesco, assassinados em 29 de outubro pelas forças policiais.
Os ativistas também utilizaram do espaço para denunciar o caráter negacionista das universidades que, permanecem com suas portas fechadas e dessa forma, não servindo ao povo, uma vez que foi negado aos participantes o direito de utilizar do espaço público das salas de aula para realizar a reunião
Imagens de dirigentes operários e camponeses a cima da banquinha montada pelos ativistas durante a reunião. Foto: Banco de Dados AND