Falas foram feitas em defesa da saúde e dos direitos do povo. Foto: Comitê de Apoio – Curitiba/PR
Ativistas, massas e organizações populares realizaram um ato presencial no dia 18 de fevereiro, em Curitiba, na praça Santos Andrade. O evento foi organizado pela Coalizão Negra por Direitos e é parte do “Ato Nacional por Vacina e Por Comida e Auxílio Emergencial Já!”.
Os organizadores exigiram em suas intervenções a manutenção do auxílio emergencial e a vacinação para toda a população através do SUS, realizando a leitura de uma carta publicada pelo mesmo movimento. Um caixão simbólico que representava as vítimas da fome causada pela grave crise geral que assola o país foi posto no centro da concentração. Foram realizadas também apresentações musicais e leitura de poemas.
O ato em Curitiba reuniu cerca de 50 pessoas. Elas exigiram comida, vacina e auxílio emergencial para o povo. Foto: Comitê de Apoio – Curitiba/PR
No dia 20, um segundo ato contra o governo Bolsonaro/generais e em defesa da vacina ocorreu na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente a sede do governo estadual. Os manifestantes levaram faixas e cartazes e exigiram maior agilidade na compra e repasse das doses para os municípios.
ORGANIZAÇÕES CLASSISTAS DENUNCIAM POLÍTICA GENOCIDA EM CURSO NO PAÍS
Ativistas do Comitê de Apoio ao jornal A Nova Democracia de Curitiba, do Comitê de Saúde Popular da região do Parolin e do Comitê Sanitário da cidade de Pinhais marcaram presença no ato do dia 18. Eles promoveram uma panfletagem com uma compilação de artigos e declarações do movimento popular acerca da vacinação no Brasil, publicados no portal de AND.
Uma representante do Comitê de Saúde Popular denunciou em uma fala que a grave crise geral que assola o país é um projeto de genocídio planejado pelo governo de Bolsonaro e generais. Apontou o discurso negacionista da realidade perpetrado pelo governo, que nega todas as medidas sanitárias possíveis e a urgência da vacinação em massa, enquanto deixa que mais de 16 mil testes expirem do prazo de validade e destina a verba pública para compra de hidroxicloroquina (remédio sem eficiência comprovada no tratamento da Covid-19) para os próximos 18 anos.
Panfleto com o Editoriais e textos do jornal A Nova Democracia foi distribuído para os manifstantes e pessoas que passavam pelo ato. Foto: Comitê de Apoio – Curitiba/PR
Além disso, denunciou a grave superlotação do transporte público em meio a pandemia e a falta de um processo de quarentena sério e efetivo. Diante de tudo isso, destacou que deve-se defender a ciência e a produção nacional e pautou que a população deve exigir a vacinação em massa e o auxílio emergencial de um salário mínimo.
Uma professora da rede estadual denunciou também o aumento da brutalidade policial nas periferias da capital, em especial da violência contra o povo preto e pobre, exigindo justiça ao jovem assassinado pela Polícia Militar no último dia 15, no bairro Mossunguê, em Curitiba.