Na manhã de 9 de agosto, dois indivíduos, um fazendeiro da região e uma mulher, também ligada a um latifúndio local, entraram na escola Arandu Guarani em busca de informações sobre lideranças indígenas da área. A comunidade indígena denunciou que se trata de nova tentativa de intimidação, Este é um novo episódio de uma série de ataques e violações praticados por latifundiários e pistoleiros de forma continuada por um mês contra os Avá-Guarani.
Além disso, reforçando o cenário de violações contra os direitos dos povos indígenas, medicamentos e cestas básicas estão sendo impedidos de chegar à aldeia.
Um funcionário da escola indígena Arandu Guarani relatou ao Jornal A Nova Democracia que o incidente ocorreu durante um período de aulas e que os dois indivíduos foram direcionados à secretaria. No local, fizeram diversas perguntas sobre os funcionários da Arandu, demonstrando especial interesse em obter informações sobre os caciques. Os supostos latifundiários questionaram se eles trabalhavam nas proximidades.
A comunidade indígena denuncia que essa prática é comum, sendo utilizada para descobrir onde as lideranças vivem, com o objetivo de ameaçar e perpetuar a violência contra a comunidade.
Os indígenas afirmam que, se qualquer membro da comunidade for morto por essas pessoas (seja uma liderança ou não), a resposta será à altura, com a tomada de toda a fazenda, retribuindo na mesma moeda e fazendo verter o mesmo sangue que foi derramado.