PR: Comitê de Apoio realiza brigada de venda no Terminal Guadalupe

PR: Comitê de Apoio realiza brigada de venda no Terminal Guadalupe

Brigadista distribuindo exemplares de AND. Foto: Banco de dados AND

No dia 22 de dezembro ativistas do Comitê de Apoio de Curitiba (PR) realizaram uma vitoriosa brigada de venda e distribuição de jornais – incluindo a nova edição n.º 245. O ato foi realizado no Terminal Guadalupe, localizado no Centro da capital paranaense.

As condições de tempo adversas não impediram que o local fosse, como sempre, um ponto de grande concentração de trabalhadores. O clima chuvoso contribuiu para enfatizar a frustração das massas, que ao chegarem em casa não sabem sequer se terão água encanada para consumo. Isto ocorre devido à recente suspensão do rodízio de água em Curitiba e região metropolitana por parte da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Os brigadistas foram responsáveis por realizar uma exitosa atividade de diálogo com a população presente no terminal em conjunto à divulgação e venda de exemplares do Jornal AND. Os atos do Comitê de Apoio no Guadalupe já ocorrem há cerca de um ano, e vêm sendo recebidos com fervor pelas massas que frequentemente chamam os participantes para conversarem e receberem exemplares de AND, debatem entre si e reconhecem o trabalho realizado.

FRUSTRAÇÃO DAS MASSAS COM A FARSA ELEITORAL

Durante as agitações e conversas com o povo, foram retratadas as mazelas que atingem as massas brasileiras. Um dos temas que surgiram foi a alta do preço da carne em todo o Brasil, fato que escancara o projeto do latifúndio que objetiva em prol do lucro: a miséria e a fome das massas. Organizações ruralistas, como o Departamento de Economia Rural (Deral), tentam ainda justificar de maneira esdrúxula o elevado preço da carne, apontando a estiagem generalizada e a volta da exportação para a China como fatores decisivos. Todavia, sabe-se que há gado sobrando e que a acumulação é intencional para que o preço não abaixe.

Também foi destacada a brava luta do campesinato no Brasil e em toda a América Latina, enfatizando-se a heroica resistência da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) contra as forças reacionárias da Operação ‘Nova Mutum’, na Área Tiago dos Santos. Além disso, foi mantida viva a memória do companheiro José Fonseca (Pelé), um dos fundadores da LCP de Rondônia, falecido no último dia 8 de dezembro, em Couto Magalhães/TO vítima de negligência médica após sofrer um infarto.

Nas falas dos brigadistas foram relembradas também as lutas dos povos indígenas. Houve destaque para a intensificação da resistência nos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Na Serra Gaúcha, oito famílias da etnia Mbya-Guarani foram responsáveis por retomar mais de 700 hectares de terras roubadas pela Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE/RS), em região próxima à Usina Hidrelétrica de Bugres (UHE Bugres) construída covardemente sob expulsão dos indígenas nos municípios de São Francisco de Paula/RS e Canela/RS. Já em Curitiba/PR, mais de 50 famílias Kaingang e Guarani ocuparam a frente do Palácio das Araucárias, e, mais recentemente, um espaço próximo à Prefeitura e ao Palácio do Iguaçu, a fim de exigir a reabertura da Casa de Passagem Indígena (Capai), fechada desde o início de 2020.

Com a chegada de 2022, outro tema de altíssima relevância abordado pelos participantes foi a farsa eleitoral. Com o Jornal AND em mãos, os brigadistas enfatizaram que a imprensa popular e democrática é independente de qualquer partido político. No diálogo com as massas a respeito das eleições presidenciais de 2022, ressaltou-se a impossibilidade de que qualquer gerente de turno do velho Estado seja responsável por uma mudança efetiva na vida do povo brasileiro. A partir disso, percebeu-se com clareza a frustração da população com as lideranças políticas do decadente Estado burguês-latifundiário. Ao mesmo tempo, encorajou-se fulgurosamente o boicote à farsa eleitoral e salientou-se que o único caminho viável é a justa luta das massas rumo à Revolução de Nova Democracia.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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