Dois dias depois de completar um ano do assassinato de William Junior e Aderbal Junior pelas mãos da Polícia Militar do Paraná (PMPR), mães e familiares condenaram o crime e exigiram a punição dos assassinos em um protesto realizado nas redondezas da Universidade Estadual de Londrina, local onde os jovens foram alvejados. O protesto ocorreu no dia do aniversário de William Júnior, que teria completado 19 anos no dia 8 de março.
Durante o protesto, faixas com denúncias sobre o assassinato foram deixadas no local. Não foi confronto!!! 50 tiros de fora para dentro do carro; e nenhum de dentro para fora. Dois jovens com sua vida e sonhos ceifados, denunciava uma das faixas.
Hayda, mãe de William Junior, já foi entrevistada pelo AND e contou detalhes sobre o caso.
O crime ocorreu no dia 08/03/22, quando William, Aderbal e mais um amigo, que sobreviveu, foram alvejados dentro de um carro por mais de 50 tiros disparados por militares do Batalhão de Choque da PMPR. Após o atentado contra os jovens, os militares modificaram a cena com a inserção de armas junto aos corpos de William e Aderbal para encenar um suposto confronto e mascarar o assassinato.
O amigo de William e Aderbal foi preso sob a falsa alegação de receptação, que se comprovou mentirosa meses depois com a absolvição do rapaz. Sua versão do ocorrido somou-se à denúncia das mães sobre a natureza mentirosa do registro oficial dos militares sobre o assassinato de Aderbal e William.
“[São] assassinos, cruéis, covardes”, afirmou Maria, avó de William Júnior, sobre os policiais que alvejaram seu neto. “Eu quero justiça e eu vou até o fim. Eu quero que eles paguem pelo que fizeram”, concluiu.